Economia

Mantega chamará centrais sindicais para discutir abonos

Segundo o ministro, o objetivo é reduzir a rotatividade no mercado de trabalho e melhorar a qualificação


	Guido Mantega: "Vou conversar com as centrais para estudar em conjunto. Queremos beneficiar os trabalhadores e não prejudicá-los"
 (Valter Campanato/ABr)

Guido Mantega: "Vou conversar com as centrais para estudar em conjunto. Queremos beneficiar os trabalhadores e não prejudicá-los" (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 15h03.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quinta-feira, 31, que convidará as centrais sindicais até o início da próxima semana para discutir medidas de redução dos gastos do governo com seguro-desemprego e abono salarial.

"Vou conversar com as centrais para estudar em conjunto. Queremos beneficiar os trabalhadores e não prejudicá-los", disse.

Segundo o ministro, o objetivo é reduzir a rotatividade no mercado de trabalho e melhorar a qualificação. Mantega disse que, ao reduzir a rotatividade, estas despesas caem.

"É bom para o trabalhador. É bom para o governo", argumentou. Segundo ele, os gastos com abono estão subindo expressivamente em função dos reajustes do salário mínimo.

O ministro informou que o crescimento este ano é de 17%. Os gastos com seguro-desemprego sobem em torno de 10% na comparação com o ano passado.

Mantega disse que as despesas com abono salarial devem atingir R$ 24 bilhões em 2013, cifra próxima aos gastos com o Minha Casa Minha Vida.

Mantega, no entanto, não quis antecipar que tipo de medida será tomada para reduzir os gastos com o abono. "Estamos estudando quais medidas podem atenuar esses gastos, mas prefiro discutir antes com as centrais sindicais", disse.

Fraude

O ministro afirmou que algumas empresas podem estar fraudando o seguro-desemprego. Segundo ele, algumas empresas podem estar demitindo o trabalhador para receber o seguro, mas ele continua trabalhando informalmente na empresa com um salário menor. "Às vezes, o trabalhador é obrigado a fazer isso", disse.

Mantega comentou que a decisão do governo de ofertar qualificação ao trabalhador já no primeiro pedido de seguro-desemprego não aumenta os gastos da administração pública com cursos. "Nós já estamos aumentando os cursos de qualificação fortemente. São quatro milhões só no sistema Senai/Senac por ano", disse.

Mais de Economia

Governo aumenta estimativa e deve prever salário mínimo de R$ 1.509 em 2025

Secretário executivo da Fazenda diz que arcabouço fiscal será mantido até 2026 ‘custe o que custar’

Em recado claro, membros do Copom afirmam que podem subir os juros para conter a inflação

Mais na Exame