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Maior parte dos industriais pretende investir mais em 2006

Pesquisa realizada pela FGV mostra que a maior prioridade dos empresários é expandir a capacidade de produção

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

A indústria de transformação brasileira deve receber mais investimentos neste ano do que em 2005. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), 55% dos empresários do setor afirmam que destinarão mais recursos para a atividade do que no ano passado, contra apenas 16% que pretendem reduzir os valores. Os dados constam da 159ª Sondagem Conjuntural - Quesitos Especiais, divulgada nesta quinta-feira (18/5), que entrevistou 1043 empresas de 24 estados entre os dias 31 de março e 5 de maio.

Apesar desta edição da pesquisa ter mostrado disposição da indústria para acelerar os investimentos, a parcela dos que pretendem aumentar o valor dos recursos caiu em relação a abril de 2005, quando 65% dos consultados disseram ter esta intenção. Ainda assim, a FGV considerou como "favoráveis" as perspectivas para o investimento em capital fixo, porque a meta de crescimento "atinge parcela superior a 50% das empresas e a proporção supera as apuradas nos anos de 2003 e 2004".

Quanto ao principal destino do dinheiro que as empresas empregarão em 2006, o mais citado foi a expansão da capacidade de produção, resposta de 49% dos entrevistados. Logo atrás vieram o aumento da eficiência produtiva, com 34%, e a substituição de máquinas e equipamentos, escolha de 11%. Apenas 6% alegaram não ter programa de investimentos.

A pesquisa também consultou os empresários a respeito dos fatores que podem limitar a realização de investimentos. O mais lembrado foram os impostos, citados por 34% dos consultados. Outros 24% disseram que podem ser afetados pela incerteza a respeito da demanda, e outros 16% mencionaram o custo dos financiamentos. Também com 16% ficou a taxa de retorno inadequada, enquanto a limitação de recursos da própria empresa foi apontada como obstáculo aos investimentos por 12%. Três por cento citaram também a limitação do crédito, e 12% lembraram outros fatores que não os acima.

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