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Macri vende Argentina a magnatas da mídia em resort nos EUA

Macri participará de um encontro de gigantes da mídia e da tecnologia

Sun Valley, em Idaho, EUA: Macri está cruzando o mundo para tentar atrair o interesse dos investidores para a Argentina (Chalky Lives/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 11h52.

O exclusivo resort de esqui de Sun Valley, em Idaho, EUA, será a próxima parada da viagem internacional do presidente da Argentina , Mauricio Macri , para vender a segunda maior economia da América do Sul a investidores globais.

Macri participará de um encontro de gigantes da mídia e da tecnologia na quinta-feira e deverá se reunir com Henry Kravis, co-presidente do conselho da empresa de aquisições alavancadas KKR, publicou a imprensa argentina.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, participará do evento, assim como Michael Eisner, ex-CEO da Walt Disney, e Brian Roberts, CEO da Comcast.

Macri está cruzando o mundo, viajando de Davos a Sun Valley, passando por Paris, Bruxelas e Berlim, para tentar atrair o interesse dos investidores para a Argentina após 12 anos de isolamento internacional sob o comando da presidente Cristina Kirchner e de seu falecido marido, Néstor Kirchner.

O presidente, de 57 anos, disse que o país precisa de US$ 100 bilhões em investimento estrangeiro nos próximos anos em um momento em que ele inicia um ambicioso plano para modernizar a economia.

O investimento estrangeiro direto na Argentina secou nos governos Kirchner, que brigaram por mais de uma década com credores dos títulos em calote, impuseram controles cambiais e aplicaram barreiras comerciais.

A Argentina, membro do G-20 desde a fundação do grupo, em 1999, recebeu US$ 11,7 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2015, menor valor entre as cinco maiores economias da América Latina, segundo a Organização das Nações Unidas.

Macri, que já negociou o fim do impasse de 15 anos com os credores que restavam do calote de 2001, disse em um evento do Fórum Econômico Mundial, na Colômbia, no mês passado, que o país recebeu promessas de investimento de US$ 16 bilhões desde que ele assumiu, em dezembro.

Ele disse que anunciará mais US$ 4 bilhões em breve.

A conferência em Sun Valley, organizada pela Allen & Co., é vendida como um “acampamento de verão” para os líderes mundiais dos setores de comunicação e tecnologia, suas famílias e figuras políticas de destaque.

A conferência também ganhou a reputação de incubadora de negócios.

Foi lá, em 1995, que Eisner, da Disney, propôs pela primeira vez a aquisição da Capital Cities/ABC, que levou à compra da emissora por US$ 19 bilhões.

A transação foi seguida pela aquisição das emissoras de TV de Ron Perelman por Rupert Murdoch por US$ 2,48 bilhões. O esboço da fracassada fusão AOL-Time Warner também foi desenhado no retiro, originalmente criado como uma área de resort pela Union Pacific Railroad.

Ivan Pavlovsky, porta-voz de Macri, não respondeu a um e-mail em busca de comentário sobre as expectativas do presidente para a conferência.

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O exclusivo resort de esqui de Sun Valley, em Idaho, EUA, será a próxima parada da viagem internacional do presidente da Argentina , Mauricio Macri , para vender a segunda maior economia da América do Sul a investidores globais.

Macri participará de um encontro de gigantes da mídia e da tecnologia na quinta-feira e deverá se reunir com Henry Kravis, co-presidente do conselho da empresa de aquisições alavancadas KKR, publicou a imprensa argentina.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, participará do evento, assim como Michael Eisner, ex-CEO da Walt Disney, e Brian Roberts, CEO da Comcast.

Macri está cruzando o mundo, viajando de Davos a Sun Valley, passando por Paris, Bruxelas e Berlim, para tentar atrair o interesse dos investidores para a Argentina após 12 anos de isolamento internacional sob o comando da presidente Cristina Kirchner e de seu falecido marido, Néstor Kirchner.

O presidente, de 57 anos, disse que o país precisa de US$ 100 bilhões em investimento estrangeiro nos próximos anos em um momento em que ele inicia um ambicioso plano para modernizar a economia.

O investimento estrangeiro direto na Argentina secou nos governos Kirchner, que brigaram por mais de uma década com credores dos títulos em calote, impuseram controles cambiais e aplicaram barreiras comerciais.

A Argentina, membro do G-20 desde a fundação do grupo, em 1999, recebeu US$ 11,7 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2015, menor valor entre as cinco maiores economias da América Latina, segundo a Organização das Nações Unidas.

Macri, que já negociou o fim do impasse de 15 anos com os credores que restavam do calote de 2001, disse em um evento do Fórum Econômico Mundial, na Colômbia, no mês passado, que o país recebeu promessas de investimento de US$ 16 bilhões desde que ele assumiu, em dezembro.

Ele disse que anunciará mais US$ 4 bilhões em breve.

A conferência em Sun Valley, organizada pela Allen & Co., é vendida como um “acampamento de verão” para os líderes mundiais dos setores de comunicação e tecnologia, suas famílias e figuras políticas de destaque.

A conferência também ganhou a reputação de incubadora de negócios.

Foi lá, em 1995, que Eisner, da Disney, propôs pela primeira vez a aquisição da Capital Cities/ABC, que levou à compra da emissora por US$ 19 bilhões.

A transação foi seguida pela aquisição das emissoras de TV de Ron Perelman por Rupert Murdoch por US$ 2,48 bilhões. O esboço da fracassada fusão AOL-Time Warner também foi desenhado no retiro, originalmente criado como uma área de resort pela Union Pacific Railroad.

Ivan Pavlovsky, porta-voz de Macri, não respondeu a um e-mail em busca de comentário sobre as expectativas do presidente para a conferência.

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