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Juros mais altos nos EUA

Taxa de desemprego baixa, inflação perto da meta e crescimento da economia formam uma combinação perfeita para o Fed, o banco central americano, elevar a taxa de juros nos Estados Unidos em reunião que termina nesta quarta-feira. O aumento deve ser de 0,25 ponto percentual, elevando os juros para a faixa entre 0,75% a 1%. […]

JANET YELLEN: , PRESIDENTE DO FED: dia deve ser de alta nos juros americanos / Win McNamee/Getty Images
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2017 às 06h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h15.

Taxa de desemprego baixa, inflação perto da meta e crescimento da economia formam uma combinação perfeita para o Fed, o banco central americano, elevar a taxa de juros nos Estados Unidos em reunião que termina nesta quarta-feira. O aumento deve ser de 0,25 ponto percentual, elevando os juros para a faixa entre 0,75% a 1%. A dúvida maior é o que virá depois disso.

No discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, marcado para as 15h30 no horário de Brasília, investidores buscarão pistas de quantas altas o banco deve levar a cabo ao longo do ano. Em dezembro, o Fed sinalizou que elevaria a taxa de juros do país três vezes ao longo de 2017 – e até então economistas acreditavam que a alta viria apenas em junho. Mas a economia americana tem caminhado muito melhor do que o previsto. A taxa de desemprego caiu para 4,7% em fevereiro e a inflação chegou a 1,9% nos últimos 12 meses até janeiro – o maior patamar em quatro anos.

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O cenário é bem diferente de um ano atrás, quando os fracos sinais de crescimento da economia americana e as incertezas globais fizeram o Fed segurar os juros. O cenário aos poucos também parece mudar para outras economias desenvolvidas. “Não há mais essa sensação de urgência em tomar novas medidas”, disse o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, na semana passada, após o manter as taxas de juros do país, indicando que o BCE provavelmente não precisará fazer novos estímulos para sustentar a economia. A inflação da zona do euro chegou a 2% em fevereiro.

Na quinta-feira será a vez de o Reino Unido e o Japão decidirem sobre as taxas de juros. A expectativa é de que ambos mantenham os juros inalterados, mas adotem previsões econômicas mais otimistas, devido ao baixo desemprego e ao aumento da inflação em ambos os países.

Apesar disso, o cenário ainda é cheio de incertezas. A política econômica de Donald Trump continua um mistério, há eleições presidenciais na França (já em abril) e o processo de saída do Reino Unido da União Europeia para ser iniciado.

O impacto dessa alta de juros nos Estados Unidos para o Brasil também permanece uma incógnita. As previsões de câmbio para este primeiro semestre variam entre 3,10 e 3,40 reais. Muitos economistas têm ressaltado que o país, neste momento, depende muito mais de si – com a reforma da previdência, a retomada da economia e o ainda tumultuado cenário político – do que do exterior. A ver se os investidores estrangeiros concordam.

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