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Juro cobrado de pessoa física chega a 74,9% ao ano, diz BC

As taxas de juros cobradas nas operações de crédito registraram alta de 3 pontos percentuais, em julho, atingindo 62,6% ao ano. Segundo reletário do Banco Central, esse crescimento se deve, principalmente, ao repasse do aumento dos custos de captação de médio e longo prazos, influenciados pela alta dos juros no mercado futuro. No segmento de […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

As taxas de juros cobradas nas operações de crédito registraram alta de 3 pontos percentuais, em julho, atingindo 62,6% ao ano. Segundo reletário do Banco Central, esse crescimento se deve, principalmente, ao repasse do aumento dos custos de captação de médio e longo prazos, influenciados pela alta dos juros no mercado futuro.

No segmento de pessoas jurídicas, as taxas apresentaram elevação de 0,77 ponto percentual, alcançando 43% ao ano. Nos empréstimos direcionados às pessoas físicas houve incremento de 4,5 pontos percentuais na taxa de juros, chegando a 74,9% anuais.

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A taxa média do crédito pessoal subiu 2 pontos percentuais, em julho, comparada à do mês anterior, passando de 80,8% para 82,8% anuais. No trimestre, a taxa registrou queda de 0,3 ponto percentual e no ano, de 1,4 ponto percentual. Em 12 meses, a elevação acumulada é de 4,2 pontos percentuais.

Carros

A taxa média de juros cobrada no financiamento de veículos teve alta de 7,7 pontos percentuais, em julho, comparada ao mês anterior, passando de 42,7% para 50,4% anuais. De acordo com relatório do Banco Central, divulgado há pouco, a taxa também apresenta alta no trimestre, de 13,3 pontos percentuais; no ano, de 12,2 pontos percentuais; e em 12 meses, de 8,4 pontos percentuais.

O saldo global das operações de crédito do sistema financeiro alcançou R$ 359,5 bilhões em julho, com expansão de 2,2%. De acordo com relatório do Banco Central, divulgado há pouco, esse crescimento decorreu basicamente do impacto da depreciação cambial sobre as carteiras vinculadas a moeda estrangeira e da expansão dos financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A relação do total de empréstimos com o PIB, em julho, alcançou 27,8%, contra 27,5% no mês anterior. O volume das operações de crédito destinadas ao setor privado atingiu R$ 349,3 bilhões, com aumento de 2,1%, comparado com junho. Os créditos ao setor público totalizaram R$ 10,2 bilhões, com incremento de 6,1% em julho.

Spread bancário

O spread bancário (diferença entre a captação e o repasse dos recursos) cobrado nas operações de crédito atingiu 38,6% anuais em julho 1,5 ponto percentual acima do registrado no mês anterior, revertendo a trajetória de queda observada nos últimos três meses. De acordo com relatório do Banco Central, esse movimento reflete o comportamento das operações com pessoas físicas, que apresentaram elevação de 2,6 pontos percentuais, situando-se em 49,2 pontos percentuais. Acrescenta o documento que no segmento de pessoas jurídicas, o aumento da taxa foi igual ao crescimento dos custos, resultando na manutenção do "spread" em 22 pontos percentuais.

A base monetária (total de dinheiro em circulação mais as reservas bancárias) alcançou R$ 54,2 bilhões em julho, pelo critério de média dos saldos diários. O resultado representa incremento de 7,2% no mês e de 20,5%, em 12 meses. O saldo do papel-moeda emitido elevou-se em 5,2% e o saldo das reservas bancárias, em 11,2%. Consideradas as posições de final de mês, o saldo da base monetária ficou em R$ 52,4 bilhões, com aumento mensal de 3,4% e de 26,1%, em 12 meses. O saldo do papel-moeda emitido atingiu R$ 34,7 bilhões e o saldo das reservas bancárias, R$ 17,7 bilhões, com expansões mensais de 2,3% e 5,7%, respectivamente. As informações são da Agência Brasil.

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