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Itaú não vê solução a curto prazo para Argentina

Economista do banco Caio Megale avaliou que a crise no país vizinho tende a se aprofundar antes de a situação melhorar

Protesto em Buenos Aires: "A Argentina está em recessão profunda e não vai sair muito rápido", diz economista (Enrique Marcarian/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 16h09.

São Paulo - O Itaú Unibanco não vê uma solução em curto prazo para a crise econômica na Argentina , afirmou nesta quinta-feira, 6, o economista do banco Caio Megale.

Durante fórum que discute o futuro da indústria automobilística, ele avaliou que a crise no país vizinho tende a se aprofundar antes de a situação melhorar.

O economista ainda defendeu que, para aumentar as exportações brasileiras, é preciso se tornar mais competitivo, por meio do câmbio e de ganhos de produtividade.

"A Argentina está em recessão profunda e não vai sair muito rápido", afirmou.

Lembrando que o país é o maior mercado exportador de veículos do Brasil, Megale criticou indiretamente a política externa brasileira de focar em mercados do Mercosul.

"Enquanto Colômbia e Chile, por exemplo, fizeram acordo com Europa, China e Estados Unidos, o Brasil se casou com a Argentina. Bela noiva para se casar. A traição parece que veio depois", disse, defendendo que é preciso diversificar mais o mercado.

Megale afirmou que um câmbio estabilizado em torno de R$ 2,7 (projeção do Itaú para 2015) deverá garantir um ganho melhor de competitividade para a indústria brasileira.

Ele acrescentou que, para aumentar as exportações, as empresas também precisam ter a percepção de que, de fato, precisam ajustar a produtividade e ganhar eficiência.

"Quando o Brasil crescia a 6%, o foco era expansão. Passada essa fase, o foco deve ser ajuste de custo", defendeu.

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Durante fórum que discute o futuro da indústria automobilística, ele avaliou que a crise no país vizinho tende a se aprofundar antes de a situação melhorar.

O economista ainda defendeu que, para aumentar as exportações brasileiras, é preciso se tornar mais competitivo, por meio do câmbio e de ganhos de produtividade.

"A Argentina está em recessão profunda e não vai sair muito rápido", afirmou.

Lembrando que o país é o maior mercado exportador de veículos do Brasil, Megale criticou indiretamente a política externa brasileira de focar em mercados do Mercosul.

"Enquanto Colômbia e Chile, por exemplo, fizeram acordo com Europa, China e Estados Unidos, o Brasil se casou com a Argentina. Bela noiva para se casar. A traição parece que veio depois", disse, defendendo que é preciso diversificar mais o mercado.

Megale afirmou que um câmbio estabilizado em torno de R$ 2,7 (projeção do Itaú para 2015) deverá garantir um ganho melhor de competitividade para a indústria brasileira.

Ele acrescentou que, para aumentar as exportações, as empresas também precisam ter a percepção de que, de fato, precisam ajustar a produtividade e ganhar eficiência.

"Quando o Brasil crescia a 6%, o foco era expansão. Passada essa fase, o foco deve ser ajuste de custo", defendeu.

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