Exame Logo

IPCA desacelera para 0,58% em janeiro e fica abaixo das expectativas

A menor pressão de itens importantes, como os combustíveis e o transporte urbano, compensou a alta acentuada dos alimentos

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) iniciou o ano em desaceleração. Após registrar 0,86% em dezembro, o indicador encerrou janeiro em 0,58%. A taxa foi menor, inclusive, que a do mesmo mês do ano passado, quando a inflação foi de 0,76%. O resultado ficou abaixo das projeções dos analistas. De acordo com o último Relatório de Mercado do Banco Central (BC), por exemplo, o IPCA estimado para janeiro era de 0,60%. Já o Credit Suisse First Boston esperava uma taxa de 0,61%.

Além disso, o IPCA acumulado nos 12 meses encerrados em janeiro, 7,41%, também é menor que o acumulado até dezembro (7,60%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da expectativa de recuo da inflação, o mercado projeta um IPCA acumulado de 5,74% para 2005, segundo o Relatório de Mercado do BC, acima ainda da meta de 5,1% estabelecida pela autoridade monetária.

Veja também

Os alimentos foram o item que mais pesou sobre a inflação do mês passado, ao registrar uma alta de 0,78%. A taxa foi maior, inclusive, que a de dezembro (0,65%), mês tradicionalmente sujeito a aumentos nos preços desses produtos, devido às festas de fim de ano. As maiores altas ficaram por conta da cenoura (17,87%), batata-inglesa (11%) e cebola (5,70%).

O impacto dos reajustes dos alimentos sobre a inflação foi atenuado pela menor variação de outros importantes itens. De acordo com o IBGE, a gasolina apresentou a maior desaceleração do período, ao subir apenas 0,06% em janeiro, contra 5,06% em dezembro. Já os ônibus urbanos apresentaram deflação de 0,10%, após ficarem 1,60% mais caros no mês retrasado. O recuo dos preços foi favorecido pela concessão de tarifas mais baratas aos domingos, em Curitiba, e pela anulação de um reajuste em Belém.

Outros produtos também subiram menos no último mês. As roupas, por exemplo, ficaram 0,23% mais caras, contra 1,59% em dezembro; as tarifas de água e esgoto desaceleraram de 1,79% para 0,41% e os cigarros aumentaram 0,54%, contra 1,39%.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame