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Investimentos podem reverter pessimismo da construção civil

No levantamento de maio, dados de pesquisa indicaram que o setor atingiu o pior pessimismo dos últimos 16 anos

Forte restrição ao crédito, o aumento da inflação, dos juros e do desemprego frustraram as expectativas do setor (REUTERS/Gary Cameron)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2015 às 16h11.

São Paulo - As recentes medidas anunciadas pelo governo federal, prevendo investimentos de R$ 198,4 bilhões em obras de infraestrutura, podem resgatar o ânimo dos empresários da construção civil , de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto.

Por meio de nota, ele comentou hoje (12) os resultados negativos da 63ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil. Com periodicidade trimestral, a pesquisa revela a percepção dos empresários do setor sobre a economia e os rumos de seus negócios.

No levantamento de maio, os dados indicaram que o setor atingiu o pior pessimismo dos últimos 16 anos. Em uma escala de zero a 100, a perspectiva de desempenho caiu de 37,1 para 35,9 pontos.

Para o SindusCon-SP, isso significa recuo de 3,2% na comparação com o resultado de fevereiro e de 19,7% em um período de 12 meses.

Pela metodologia da pesquisa, sempre que a pontuação fica abaixo de 50, a avaliação é interpretada como desfavorável.

Sobre as dificuldades financeiras, a interpretação é inversa. Nesse sentido, o último levantamento aponta que a avaliação subiu de 60,5 para 69,7, pior resultado desde o laçamento da sondagem, em agosto de 1999.

De acordo com a justificativa técnica do SindusCon-SP, “os resultados refletem o agravamento das expectativas dos empresários da construção diante da crise econômica nos primeiros meses do ano, quando foram anunciados cortes de R$ 25,7 bilhões no PAC e de R$ 5,6 bilhões no Minha Casa, Minha Vida”.

Segundo a nota, isso ocorreu após o aquecimento expressivo até 2013 . Para o dirigente da entidade, a forte restrição ao crédito, o aumento da inflação, dos juros e do desemprego frustraram as expectativas.

“Muitas empresas investiram com a perspectiva que o desenvolvimento fosse mais sustentado”, esclareceu Ferraz Neto.

Ele acrescentou que, além das novas medidas capazes de reverter o cenário de queda dos negócios, surgiram opções para financiamento de imóveis, entre elas a mudança nas regras do depósito compulsório, que liberou R$ 22,5 bilhões da poupança para financiamentos imobiliários, e a injeção de R$ 4,9 bilhões, por meio da linha Pró-Cotista do Fundo Garantidor do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

A pesquisa do SindusCon-SP também indicou queda de 8,6% em relação ao levantamento anterior, caindo de 37,7 para 34,5 pontos. Em 12 meses, a redução foi ainda mais expressiva, de 22,7%.

Outro indicador negativo ocorreu sobre o nível de emprego, com queda de 9,2% e corte de 300 mil trabalhadores em 12 meses.

Na sondagem relativa à condução da política econômica, verificou-se uma melhora de 11,1% sobre o resultado anterior. Mesmo assim, a avaliação ficou abaixo dos 50 pontos, passando de 24,9 para 27,7 pontos.

Os investimentos anunciados pelo governo para o programa de concessões à iniciativa privada contemplam projetos de estradas, ferrovias, aeroportos e portos.

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São Paulo - As recentes medidas anunciadas pelo governo federal, prevendo investimentos de R$ 198,4 bilhões em obras de infraestrutura, podem resgatar o ânimo dos empresários da construção civil , de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto.

Por meio de nota, ele comentou hoje (12) os resultados negativos da 63ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil. Com periodicidade trimestral, a pesquisa revela a percepção dos empresários do setor sobre a economia e os rumos de seus negócios.

No levantamento de maio, os dados indicaram que o setor atingiu o pior pessimismo dos últimos 16 anos. Em uma escala de zero a 100, a perspectiva de desempenho caiu de 37,1 para 35,9 pontos.

Para o SindusCon-SP, isso significa recuo de 3,2% na comparação com o resultado de fevereiro e de 19,7% em um período de 12 meses.

Pela metodologia da pesquisa, sempre que a pontuação fica abaixo de 50, a avaliação é interpretada como desfavorável.

Sobre as dificuldades financeiras, a interpretação é inversa. Nesse sentido, o último levantamento aponta que a avaliação subiu de 60,5 para 69,7, pior resultado desde o laçamento da sondagem, em agosto de 1999.

De acordo com a justificativa técnica do SindusCon-SP, “os resultados refletem o agravamento das expectativas dos empresários da construção diante da crise econômica nos primeiros meses do ano, quando foram anunciados cortes de R$ 25,7 bilhões no PAC e de R$ 5,6 bilhões no Minha Casa, Minha Vida”.

Segundo a nota, isso ocorreu após o aquecimento expressivo até 2013 . Para o dirigente da entidade, a forte restrição ao crédito, o aumento da inflação, dos juros e do desemprego frustraram as expectativas.

“Muitas empresas investiram com a perspectiva que o desenvolvimento fosse mais sustentado”, esclareceu Ferraz Neto.

Ele acrescentou que, além das novas medidas capazes de reverter o cenário de queda dos negócios, surgiram opções para financiamento de imóveis, entre elas a mudança nas regras do depósito compulsório, que liberou R$ 22,5 bilhões da poupança para financiamentos imobiliários, e a injeção de R$ 4,9 bilhões, por meio da linha Pró-Cotista do Fundo Garantidor do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

A pesquisa do SindusCon-SP também indicou queda de 8,6% em relação ao levantamento anterior, caindo de 37,7 para 34,5 pontos. Em 12 meses, a redução foi ainda mais expressiva, de 22,7%.

Outro indicador negativo ocorreu sobre o nível de emprego, com queda de 9,2% e corte de 300 mil trabalhadores em 12 meses.

Na sondagem relativa à condução da política econômica, verificou-se uma melhora de 11,1% sobre o resultado anterior. Mesmo assim, a avaliação ficou abaixo dos 50 pontos, passando de 24,9 para 27,7 pontos.

Os investimentos anunciados pelo governo para o programa de concessões à iniciativa privada contemplam projetos de estradas, ferrovias, aeroportos e portos.

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