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Investimento fraco impacta no nível de atividade, diz BC

O BC projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) chegará a uma expansão de 3,3% em 12 meses no terceiro trimestre deste ano

Economia: nas últimas semanas, principalmente após a divulgação da inflação de janeiro, o BC adotou um tom mais duro. (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Belo Horizonte - O diretor de política econômica do Banco Central , Carlos Hamilton Araújo, disse, nesta quinta-feira, que o único segmento da demanda no Brasil que mostra fragilidade é o investimento. "Tivemos um problema de oferta no ano passado." Isso teve impacto no nível de atividade, mas, segundo dados que já são conhecidos, o BC vê a economia do primeiro trimestre mais "em linha" com as suas projeções.

"As informações disponíveis até agora mostram que a atividade do primeiro trimestre está mais em linha com nossa expectativa", disse Hamilton, lembrando que o BC projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) chegará a uma expansão de 3,3% em 12 meses no terceiro trimestre deste ano.

Para 2012, a expectativa para crescimento do PIB é de 1%. Com relação ao cenário externo, a visão do BC é de crescimento moderado da economia global em 2013, com melhora em 2014. Já as commodities ficarão "razoavelmente comportadas", neste ano, disse ele.

O diretor do BC aproveitou para ressaltar a atuação do BC. Perguntado se a credibilidade da instituição não estaria desgastada, o que poderia levar os agentes a não comprarem o discurso mais duro do BC das últimas semanas, o diretor do BC disse que não conhece nenhum indicador de credibilidade, mas que se a credibilidade do BC for medida pelo cumprimento do objetivo, "estamos na máxima histórica, com nove anos de acerto."

Nas últimas semanas, principalmente após a divulgação da inflação de janeiro, o BC adotou um tom mais duro, sinalizando que os ciclos econômicos não foram abolidos e que a política monetária pode ser ajustada caso o BC entenda necessário. O mercado reagiu a isso com alta das taxas de juros e ligeira queda das projeções de inflação no Boletim Focus. Mas muitos analistas ainda levantam dúvida sobre se de fato o BC subiria a Selic no caso de a inflação se mostrar persistentemente elevada.


Alimentos

O diretor do BC avaliou que a inflação de alimentos ainda está muito alta. Ele diz que o indicador terminou os últimos doze meses até janeiro no patamar acima de 11%. "Isso está alto". Esse é um entre os fatores que mantêm a inflação elevada neste primeiro semestre do ano, disse ele, acrescentando que a perspectiva de recuo é apenas para o segundo semestre.

Hamilton lembrou ainda que alguns aumentos de preços administrados ainda podem acontecer no primeiro semestre, citando a possibilidade de alta de tarifas de transporte por parte de algumas prefeituras. "Não tenho como afirmar se vai acontecer ou não". Outro elemento, segundo ele, é o aumento do salário mínimo, que tem repercussão "direta sobre alguns segmentos". Um exemplo é de empregado doméstico.

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Belo Horizonte - O diretor de política econômica do Banco Central , Carlos Hamilton Araújo, disse, nesta quinta-feira, que o único segmento da demanda no Brasil que mostra fragilidade é o investimento. "Tivemos um problema de oferta no ano passado." Isso teve impacto no nível de atividade, mas, segundo dados que já são conhecidos, o BC vê a economia do primeiro trimestre mais "em linha" com as suas projeções.

"As informações disponíveis até agora mostram que a atividade do primeiro trimestre está mais em linha com nossa expectativa", disse Hamilton, lembrando que o BC projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) chegará a uma expansão de 3,3% em 12 meses no terceiro trimestre deste ano.

Para 2012, a expectativa para crescimento do PIB é de 1%. Com relação ao cenário externo, a visão do BC é de crescimento moderado da economia global em 2013, com melhora em 2014. Já as commodities ficarão "razoavelmente comportadas", neste ano, disse ele.

O diretor do BC aproveitou para ressaltar a atuação do BC. Perguntado se a credibilidade da instituição não estaria desgastada, o que poderia levar os agentes a não comprarem o discurso mais duro do BC das últimas semanas, o diretor do BC disse que não conhece nenhum indicador de credibilidade, mas que se a credibilidade do BC for medida pelo cumprimento do objetivo, "estamos na máxima histórica, com nove anos de acerto."

Nas últimas semanas, principalmente após a divulgação da inflação de janeiro, o BC adotou um tom mais duro, sinalizando que os ciclos econômicos não foram abolidos e que a política monetária pode ser ajustada caso o BC entenda necessário. O mercado reagiu a isso com alta das taxas de juros e ligeira queda das projeções de inflação no Boletim Focus. Mas muitos analistas ainda levantam dúvida sobre se de fato o BC subiria a Selic no caso de a inflação se mostrar persistentemente elevada.


Alimentos

O diretor do BC avaliou que a inflação de alimentos ainda está muito alta. Ele diz que o indicador terminou os últimos doze meses até janeiro no patamar acima de 11%. "Isso está alto". Esse é um entre os fatores que mantêm a inflação elevada neste primeiro semestre do ano, disse ele, acrescentando que a perspectiva de recuo é apenas para o segundo semestre.

Hamilton lembrou ainda que alguns aumentos de preços administrados ainda podem acontecer no primeiro semestre, citando a possibilidade de alta de tarifas de transporte por parte de algumas prefeituras. "Não tenho como afirmar se vai acontecer ou não". Outro elemento, segundo ele, é o aumento do salário mínimo, que tem repercussão "direta sobre alguns segmentos". Um exemplo é de empregado doméstico.

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