Injeção de R$ 5 bilhões do FGTS melhora crédito imobiliário
A linha de crédito pró-cotista é voltada a trabalhadores que tenham conta no FGTS há, no mínimo, três anos
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2015 às 09h17.
São Paulo - A decisão do conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS ) de ampliar de R$ 800 milhões para R$ 5 bilhões os recursos destinados ao financiamento habitacional dentro do programa pró-cotista, com redução do teto do valor do imóvel financiado de R$ 750 mil para R$ 400 mil, foi bem recebida pelas entidades que representam construtoras e empresas do setor imobiliário porque atenua a escassez de recursos para financiamentos.
A linha de crédito pró-cotista é voltada a trabalhadores que tenham conta no FGTS há, no mínimo, três anos e oferece condições facilitadas: não prevê limite de renda e juros de 7,66% a 8,5% ao ano, mais Taxa Referencial (TR).
Apesar das facilidades, essa linha representava muito pouco no total do crédito imobiliário.
No ano passado, os financiamentos imobiliários com recursos da poupança somaram quase R$ 113 bilhões e os da linha pró-cotista, R$ 800 milhões.
Mas, diante da retração da poupança como financiadora da habitação, essa linha ajuda a atenuar a escassez de crédito.
No primeiro quadrimestre deste ano, as cifras da caderneta de poupança destinadas à construção e à compra de imóveis recuaram 3,2% em comparação com o mesmo período de 2014, segundo dados da Abecip.
"Essa decisão de injetar mais recursos nessa linha de crédito deve impulsionar as vendas de novos projetos que tinham sido paralisadas porque a poupança secou", diz Ronaldo Cury, vice-presidente de habitação popular do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP).
Para Flávio Amary, presidente em exercício do Secovi-SP, a medida é positiva, embora não seja suficiente para solucionar a queda no volume de vendas e de lançamentos por causa da escassez de crédito imobiliário.
Cury conta que a proposta de injetar recursos na linha de crédito pró-cotista partiu das entidades do setor imobiliário e foi acatada pelo FGTS.
Outro pleito do setor para ampliar recursos destinados a financiamentos é reduzir de 30% para 25% os depósitos compulsórios que os bancos têm de fazer nas contas de poupança.
"A redução do compulsório da poupança liberaria entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões para crédito imobiliário", calcula Cury.
Valor
A redução do teto do valor do imóvel financiado de R$ 750 mil para R$ 400 mil na linha pró-cotista beneficia a venda dos mais populares. São moradias de dois e três dormitórios, dependendo da cidade onde estão localizadas.
Depois do segmento de baixa renda, contemplado pelo programa Minha Casa Minha Vida, essa é a fatia de mercado onde há o maior déficit habitacional.
"Para São Paulo, no entanto, esse efeito será mais limitado", diz Amary. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A decisão do conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ( FGTS ) de ampliar de R$ 800 milhões para R$ 5 bilhões os recursos destinados ao financiamento habitacional dentro do programa pró-cotista, com redução do teto do valor do imóvel financiado de R$ 750 mil para R$ 400 mil, foi bem recebida pelas entidades que representam construtoras e empresas do setor imobiliário porque atenua a escassez de recursos para financiamentos.
A linha de crédito pró-cotista é voltada a trabalhadores que tenham conta no FGTS há, no mínimo, três anos e oferece condições facilitadas: não prevê limite de renda e juros de 7,66% a 8,5% ao ano, mais Taxa Referencial (TR).
Apesar das facilidades, essa linha representava muito pouco no total do crédito imobiliário.
No ano passado, os financiamentos imobiliários com recursos da poupança somaram quase R$ 113 bilhões e os da linha pró-cotista, R$ 800 milhões.
Mas, diante da retração da poupança como financiadora da habitação, essa linha ajuda a atenuar a escassez de crédito.
No primeiro quadrimestre deste ano, as cifras da caderneta de poupança destinadas à construção e à compra de imóveis recuaram 3,2% em comparação com o mesmo período de 2014, segundo dados da Abecip.
"Essa decisão de injetar mais recursos nessa linha de crédito deve impulsionar as vendas de novos projetos que tinham sido paralisadas porque a poupança secou", diz Ronaldo Cury, vice-presidente de habitação popular do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP).
Para Flávio Amary, presidente em exercício do Secovi-SP, a medida é positiva, embora não seja suficiente para solucionar a queda no volume de vendas e de lançamentos por causa da escassez de crédito imobiliário.
Cury conta que a proposta de injetar recursos na linha de crédito pró-cotista partiu das entidades do setor imobiliário e foi acatada pelo FGTS.
Outro pleito do setor para ampliar recursos destinados a financiamentos é reduzir de 30% para 25% os depósitos compulsórios que os bancos têm de fazer nas contas de poupança.
"A redução do compulsório da poupança liberaria entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões para crédito imobiliário", calcula Cury.
Valor
A redução do teto do valor do imóvel financiado de R$ 750 mil para R$ 400 mil na linha pró-cotista beneficia a venda dos mais populares. São moradias de dois e três dormitórios, dependendo da cidade onde estão localizadas.
Depois do segmento de baixa renda, contemplado pelo programa Minha Casa Minha Vida, essa é a fatia de mercado onde há o maior déficit habitacional.
"Para São Paulo, no entanto, esse efeito será mais limitado", diz Amary. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.