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Infraero optou por asfalto mais barato em Congonhas

Pista do aeroporto paulistano não recebeu o mesmo revestimento usado no Santos Dumont, mais caro e mais aderente

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

O tipo de asfalto usado para revestir as pistas de Congonhas pode ter interferido nas condições de segurança de pouso do aeroporto. A Infraero teria optado por usar nas pistas de Congonhas um asfalto mais barato e de qualidade inferior ao utilizado para revestir a pista do Aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro. De acordo com pilotos de três companhias ouvidos por EXAME, a pista de Santos Dumont tem aderência muito maior do que as de Congonhas graças a esse asfalto. "No Santos Dumont, o pouso em pista molhada é feito com as mesmas condições de segurança da pista seca", diz um piloto da Gol Linhas Aéreas que pediu anonimato. "É muito mais seguro do que Congonhas, apesar de a pista ser um terço menor", afirma um comandante da TAM. A pista do Santos Dumont tem 1 300 metros de extensão, ou 600 metros a menos do que a pista principal de Congonhas, onde o Airbus da TAM não conseguiu pousar na terça-feira da semana passada. A Infraero reconhece a diferença do tipo de asfalto usado nos dois aeroportos, mas informa que o piso de Congonhas atende a todas as normas internacionais.

De acordo com o presidente de uma companhia aérea ouvido por EXAME, as empresas pediram aos representantes da Infraero, durante uma reunião que antecedeu a reforma do aeroporto, para que o revestimento das pistas de Congonhas fosse o mesmo utilizado no aeroporto carioca. "A resposta foi de que não seria viável economicamente porque o produto usado no Rio de Janeiro é cerca de 50% mais caro", afirma. O uso de um asfalto mais granulado, que proporciona maior atrito, não garantiria, no entanto, que o Airbus da TAM parasse dentro dos limites da pista. "Há uma série de fatores que poderiam contribuir para que o acidente não ocorresse", diz um especialista em segurança de vôo do Centro Técnico Aeronáutico (CTA). "Um asfalto mais aderente ajudaria, assim como funcionamento dos reversores, o grooving (ranhuras para escoamento da água), o perfeito funcionamento dos sistemas da torre de controle", diz o especialista.

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De acordo com o presidente de uma companhia aérea ouvido por EXAME, as empresas pediram aos representantes da Infraero, durante uma reunião que antecedeu a reforma do aeroporto, para que o revestimento das pistas de Congonhas fosse o mesmo utilizado no aeroporto carioca. "A resposta foi de que não seria viável economicamente porque o produto usado no Rio de Janeiro é cerca de 50% mais caro", afirma. O uso de um asfalto mais granulado, que proporciona maior atrito, não garantiria, no entanto, que o Airbus da TAM parasse dentro dos limites da pista. "Há uma série de fatores que poderiam contribuir para que o acidente não ocorresse", diz um especialista em segurança de vôo do Centro Técnico Aeronáutico (CTA). "Um asfalto mais aderente ajudaria, assim como funcionamento dos reversores, o grooving (ranhuras para escoamento da água), o perfeito funcionamento dos sistemas da torre de controle", diz o especialista.

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