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Inflação pelo IGP-M vai a 3,87% em outubro, a maior desde agosto de 94

A inflação medida pelo o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, ficou em 3,87% em outubro, a maior desde agosto de 1994, logo no início do Plano Real. A inflação de outubro superou até mesmo os índices do início de 1999, quando o governo federal adotou o regime de câmbio […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h49.

A inflação medida pelo o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, ficou em 3,87% em outubro, a maior desde agosto de 1994, logo no início do Plano Real. A inflação de outubro superou até mesmo os índices do início de 1999, quando o governo federal adotou o regime de câmbio flutuante.

Em agosto de 1994, o IGP-M foi de 7,56%, afetado ainda pela inércia inflacionária de um período anterior ao Plano Real.

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"(A inflação de outubro) pode ser considerada a maior alta do Plano Real, porque em agosto de 1994 ainda havia resíduo inflacionário. É genuinamente a maior inflação do governo de Fernando Henrique", disse a jornalistas o economista da FGV Salomão Quadros

O Índice de Preços por Atacado (IPA), com peso de 60% no IGP-M, subiu 5,62%, em comparação a uma alta de 3,43% em setembro. Os maiores impactos vieram de produtos com preços atrelados ao dólar, como soja, óleo combustível, óleo diesel, trigo, milho e óleo de soja refinado.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,91%, em relação a uma alta de 0,67% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 0,82%, comparado a uma alta de 0,68% em setembro. O IPC tem um peso de 30 por cento e o INCC, de 10 por cento.

No ano, o IGP-M acumula alta de 14,82% e, em 12 meses, de 16,34%. O IGP-M espelha a variação dos preços coletados entre 21 de setembro a 20 de outubro.

As expectativas do mercado para o IGP-M de outubro estavam abaixo do resultado. Embora os mais pessimistas chegassem a prever um IGP-M próximo de 4% em outubro, a maioria das previsões ficavam entre 3,4% e 3,6%.

A alta, porém, deverá ter um impacto pequeno sobre as taxas de juros nesta quinta-feira. Segundo analistas, a divulgação da ata da reunião do Copom de 23 de outubro, na qual os juros foram mantidos em 21% ao ano, tranquilizou o mercado. "A ata do Copom deverá ter um efeito positivo que vai suplantar o mal estar provocado pelo IGP-M".

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