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Inflação em alta na China reforça aperto da política monetária

Indicadores divulgados nesta manhã mostraram que tanto os preços ao consumidor quanto ao produtor registraram aceleração

China: analistas acreditam que a atual alta dos preços na China pode ter curta duração (Martin Puddy/Corbis/Latin Stock)
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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 08h34.

Pequim - A inflação ao produtor na China subiu mais do que o esperado em janeiro e atingiu as máximas em quase seis anos uma vez que os preços do aço e de outras matérias-primas ampliaram a alta, ampliando as expectativas de que a atividade industrial global está ganhando força.

A inflação ao consumidor da China também avançou mais do que o esperado, aproximando-se da máxima de três anos com a alta dos preços do combustível e dos alimentos, mostraram dados divulgados nesta terça-feira.

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Grande parte do aumento dos preços ao consumidor deve estar ligado ao aumento dos custos com alimentos e viagens antes do feriado do Ano Novo Lunar, informou a Agência Nacional de Estatísticas.

Mas as crescentes pressões sobre os preços na China e em muitos outros países provocaram discussões sobre uma política monetária mais apertada neste ano, depois de anos de política monetária superfrouxa, para revitalizar o crescimento econômico.

Alguns analistas, no entanto, acreditam que a alta dos preços na China pode ter curta duração, observando que o salto nos preços dos alimentos em janeiro provavelmente é sazonal e que a alta dos preços ao produtor desaceleraram pela metade na base mensal.

"Não esperamos que altas taxas de inflação durem", disse o economista da Capital Economics Julian Evans-Pritchard em nota.

"Uma política monetária mais apertada, a desaceleração do crescimento da renda e o enfraquecimento dos preços dos imóveis devem manter uma pressão contida sobre os preços no médio prazo", acrescentou, observando que os preços fracos no início do ano passado podem ter exagerado a força da tendência de inflação observada nos últimos meses.

A inflação ao consumidor da China acelerou para 2,5 por cento em janeiro na comparação com o ano anterior, nível mais alto desde maio de 2014 que superou as expectativas do mercado.Analistas consultados pela Reuters projetavam alta de 2,4 por cento, contra 2,1 por cento em dezembro.

A inflação ao produtor acelerou para 6,9 por cento, contra alta de 5,5 por cento no mês anterior, a maior alta desde agosto de 2011. O mercado esperava avanço de 6,3 por cento.

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