Economia

Inflação desacelera a 0,25% em janeiro, diz IBGE

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,56%

Apesar da inflação ter perdido fôlego em janeiro, a alta no preço dos alimentos não dá trégua (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

Apesar da inflação ter perdido fôlego em janeiro, a alta no preço dos alimentos não dá trégua (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 09h09.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2021 às 18h47.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para boa parte das métricas de inflação, subiu 0,25% em janeiro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. No mês anterior, em dezembro, o índice havia subido 1,35%.

Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a variação havia sido de 0,21%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,02%) foi registrada no grupo Alimentação e bebidas. O grupo Habitação, por sua vez, caiu em relação ao mês anterior (-1,07%), com o maior impacto negativo. Os demais grupos ficaram entre o recuo de 0,07% em Vestuário e a alta de 0,39% em Despesas pessoais.

  • Veja abaixo como a inflação afeta os seus investimentos em renda fixa:

A expectativa era de uma alta mensal de 0,31% e anual de 4,61%. recente alta da inflação tem sido observada de perto pelo mercado, que já aposta em uma alta de juros para o início do segundo semestre. Na última reunião, o próprio Comitê de Política Monetária sinalizou alguma preocupação, embora tenha optado por manter a taxa de juros na mínima de 2% ao ano. 

Alimentos não dão trégua

A despeito de a inflação ter perdido fôlego em janeiro, a alta no preço dos alimentos não dá trégua. Em 12 meses, a cebola subiu 43,3%, enquanto a batata inglesa ficou 67% mais cara e o tomate, 40,90%.

Esses três alimentos compõem uma cesta de compra recorrente nos lares brasileiros, sendo adquiridos semanalmente pela maioria das famílias do país.

Especialistas explicam que o consumidor sente mais no bolso quando os alimentos pesam na alta da inflação, justamente pela frequência de compra desses itens.

É aumento que pesa principalmente no bolso dos mais pobres, corroendo o orçamento familiar já pressionado pela queda da renda em meio à crise econômica que resultou do cenário de pandemia.

Com o fim do auxílio emergencial neste início de ano, as vendas dos supermercados recuaram em janeiro.

De outro lado, houve alimentos com deflação de preço em 12 meses. É o caso do leite longa vida, com queda de 25,69% no preço, e do óleo de soja, com menos 96,20%.

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