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Inflação ao consumidor avança 1,6% no ano em julho na China

O crescimento econômico na China ficou em 7% na comparação anual no segundo trimestre, no ritmo mais fraco em seis anos

Preços: forte alta da carne de porco pesou sobre o índice chinês (REUTERS/Stringer)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 11h32.

Pequim - O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China acelerou um pouco em julho, mas segue contido o suficiente para dar bastante espaço para o uso de medidas agressivas para combater a desaceleração econômica .

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), por sua vez, continua em seu ritmo mais fraco em mais de três anos, representando uma ameaça de deflação e gerando mais pressão por estímulos.

O CPI avançou 1,6% em julho, na comparação com igual mês do ano passado, em linha com a previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires.

Em junho, o CPI havia subido 1,4%, portanto acelerou no mês mais recente, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país neste domingo. O PPI caiu 5,4% em julho ante igual mês de 2014, quando em junho havia registrado queda de 4,8%.

O PPI também caiu 0,7% em julho ante junho. Em junho, ele havia recuado 0,4% ante o mês anterior. A queda anual no PPI é a pior em quase seis anos.

"As políticas monetária e fiscal da China têm de sustentar mais a economia no restante do ano", disse o economista Liu Li-Gang, do ANZ.

O crescimento econômico na China ficou em 7% na comparação anual no segundo trimestre, no ritmo mais fraco em seis anos. O governo tem acelerado gastos em infraestrutura, com foco em rodovias, ferrovias e metrôs, e oferecendo incentivos fiscais às empresas. O banco central cortou a taxa de juros quatro vezes desde novembro e permitiu que os bancos emprestem mais.

O CPI chinês subiu 0,3% em julho ante junho, em linha com as expectativas. A meta de inflação ao consumidor anual na China é de 3%, portanto o resultado de 1,6% dá bastante espaço para mais medidas de Pequim para estimular a economia.

O avanço mensal se deve em grande medida à forte alta nos preços da carne de porco, que avançaram 16,7% na comparação anual. O escritórios de estatísticas disse que os preços baixos do passado desencorajaram produtores de porcos, o que reduziu a oferta nesse mercado e acabou elevando os preços.

Analistas disseram que a queda no PPI reflete também os preços mais baixos das commodities globais. "Nós esperamos que o PPI siga em território negativo ao longo do primeiro semestre do próximo ano", disse Liu Xuezhi, economista do Bank of Communications. Segundo ele, será um desafio para o país atingir a meta de 7% de crescimento econômico em todo este ano.

Outros analistas avaliam que o governo deve responder aos indicadores mais fracos com mais gastos. "O governo está agora impulsionando os gastos com infraestrutura", afirmou Yang Zhao, economista do Nomura. "Eu acho que o governo será mais proativo em seu gasto fiscal nos próximos meses." Fonte: Dow Jones Newswires.

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Pequim - O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China acelerou um pouco em julho, mas segue contido o suficiente para dar bastante espaço para o uso de medidas agressivas para combater a desaceleração econômica .

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), por sua vez, continua em seu ritmo mais fraco em mais de três anos, representando uma ameaça de deflação e gerando mais pressão por estímulos.

O CPI avançou 1,6% em julho, na comparação com igual mês do ano passado, em linha com a previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires.

Em junho, o CPI havia subido 1,4%, portanto acelerou no mês mais recente, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país neste domingo. O PPI caiu 5,4% em julho ante igual mês de 2014, quando em junho havia registrado queda de 4,8%.

O PPI também caiu 0,7% em julho ante junho. Em junho, ele havia recuado 0,4% ante o mês anterior. A queda anual no PPI é a pior em quase seis anos.

"As políticas monetária e fiscal da China têm de sustentar mais a economia no restante do ano", disse o economista Liu Li-Gang, do ANZ.

O crescimento econômico na China ficou em 7% na comparação anual no segundo trimestre, no ritmo mais fraco em seis anos. O governo tem acelerado gastos em infraestrutura, com foco em rodovias, ferrovias e metrôs, e oferecendo incentivos fiscais às empresas. O banco central cortou a taxa de juros quatro vezes desde novembro e permitiu que os bancos emprestem mais.

O CPI chinês subiu 0,3% em julho ante junho, em linha com as expectativas. A meta de inflação ao consumidor anual na China é de 3%, portanto o resultado de 1,6% dá bastante espaço para mais medidas de Pequim para estimular a economia.

O avanço mensal se deve em grande medida à forte alta nos preços da carne de porco, que avançaram 16,7% na comparação anual. O escritórios de estatísticas disse que os preços baixos do passado desencorajaram produtores de porcos, o que reduziu a oferta nesse mercado e acabou elevando os preços.

Analistas disseram que a queda no PPI reflete também os preços mais baixos das commodities globais. "Nós esperamos que o PPI siga em território negativo ao longo do primeiro semestre do próximo ano", disse Liu Xuezhi, economista do Bank of Communications. Segundo ele, será um desafio para o país atingir a meta de 7% de crescimento econômico em todo este ano.

Outros analistas avaliam que o governo deve responder aos indicadores mais fracos com mais gastos. "O governo está agora impulsionando os gastos com infraestrutura", afirmou Yang Zhao, economista do Nomura. "Eu acho que o governo será mais proativo em seu gasto fiscal nos próximos meses." Fonte: Dow Jones Newswires.

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