A indústria paulista contratou 2,73% mais nos primeiros sete meses do ano do que em mesmo período de 2003. Isso significa que, entre demissões e admissões, prevaleceu um saldo de 41 847 novas vagas de trabalho no acumulado entre janeiro e julho. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (16/8) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O mês de julho, com 11 756 novos empregos, apresentou um crescimento de 0,76% em relação ao mês anterior, pouco abaixo da expansão registrada em junho (0,79%). Apesar disso, foi o melhor desempenho desde 1999 para um mês de julho. Em 2004, o único mês com resultado negativo (mais dispensas que contratações) foi em abril, com a perda de 1 224 empregos.

Cláudio Vaz, diretor da Gerência de Pesquisa e Cadastro da Fiesp, afirma que a curva do emprego até agora permite prever um crescimento do emprego em 2004 de 4%, ou 70 mil novos empregos. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento do emprego industrial foi de 2,82% sobre os 12 meses anteriores ou saldo de 43 132 empregos.

Segundo o diretor, os setores com maior impacto na criação de empregos no acumulado do ano são as montadoras, as indústrias de calçados e vestuário, aparelhos elétricos, alimentos, metalurgia, bebidas em geral e perfumaria. Este último respondeu pelo maior crescimento em contratações no mês (8,07%). Para Vaz, isso indica que o mercado doméstico está reagindo, e a geração de empregos não depende mais apenas dos setores exportadores.