Indústria cresce 0,5% em agosto, aponta IBGE
Os índices regionais da produção industrial de agosto caíram em seis dos 12 locais cobertos pela Pesquisa Industrial do IBGE, na comparação com agosto de 2001. A indústria do Rio de Janeiro (20,7%) liderou o desempenho regional, seguida por Bahia (17,7%) e Espírito Santo (17,5%). Ainda com taxas bem superiores à média nacional (0,9%), ficaram […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.
Os índices regionais da produção industrial de agosto caíram em seis dos 12 locais cobertos pela Pesquisa Industrial do IBGE, na comparação com agosto de 2001. A indústria do Rio de Janeiro (20,7%) liderou o desempenho regional, seguida por Bahia (17,7%) e Espírito Santo (17,5%). Ainda com taxas bem superiores à média nacional (0,9%), ficaram a região Nordeste (5,2%), Minas Gerais (3,3%) e Paraná (3,2%).
Na mesma comparação, com agosto do ano passado, Santa Catarina (-9,1%), São Paulo (-6,6%), Ceará (-5,9%), região Sul (-2,5%), Pernambuco (-2,3%) e Rio Grande do Sul (-2,2%) registraram queda na produção.
Quanto ao resultado do indicador acumulado de janeiro a agosto, houve crescimento em apenas quatro locais: Rio de Janeiro (10,3%), Espírito Santo (6,9%), Rio Grande do Sul (2,9%) e região Sul (0,5%). As indústrias dos demais locais mantiveram-se em queda, com destaque para Pernambuco (-6,7%), região Nordeste (-3,2%) e São Paulo (-3,1%). A média nacional nesse indicador ficou em 0,5%.
As taxas anualizadas, medidas pelo indicador acumulado dos últimos 12 meses, também permaneceram negativas na maioria dos locais pesquisados, com trajetória declinante em apenas quatro, na passagem de julho para agosto. Santa Catarina apresentou a maior perda de um mês para o outro ( de 1,2% para -0,2%). A média nacional nesse indicador foi de -0,8%.
Em agosto, a indústria do Nordeste apresentou uma expansão de 5,2% em relação a igual mês do ano anterior, dando prosseguimento à tendência de retomada da atividade iniciada em julho (3,8%), que interrompeu uma sucessão de onze quedas consecutivas nesta comparação. Já os indicadores acumulado no ano e nos últimos doze meses exibiram quedas de 3,2% e 3,7%.
Na comparação com agosto de 2001, nove dos quinze gêneros pesquisados aumentaram a produção. A indústria química (19,4%) foi a que contribuiu de forma mais positiva para a expansão, causada, principalmente, pelo crescimento no processamento de gasolina e eteno. Por outro lado, a indústria de produtos alimentares (-6,4%) representou a maior contribuição negativa para o estabelecimento da taxa global.
A queda no indicador acumulado no ano refletiu o comportamento negativo observado em onze dos quinze setores pesquisados. A indústria de produtos alimentares (-7,6%) e a metalúrgica (-10,3%) foram as contribuições negativas mais relevantes na formação da taxa da indústria geral. A principal contribuição positiva veio da indústria química (1,2%).
Em agosto de 2002, os indicadores industriais de Minas Gerais revelaram que a produção avançou 3,3% em relação a igual mês do ano passado, após ter registrado por 12 meses consecutivos resultados negativos neste tipo de comparação. Consequentemente, as comparações anualizadas, apresentaram recuo de -2,7% no acumulado no ano e de -4,2% nos últimos doze meses.
O movimento ascendente assinalado no índice geral foi acompanhado por nove segmentos industriais, entre eles a extrativa mineral (15,9%), cujo desempenho, influenciado pelo crescimento das vendas externas, foi decisivo para o resultado global. O maior impacto positivo para a formação da taxa, no entanto, foi da indústria de produtos alimentares ( 11,6%).