Economia

Indústria atrai mais capital estrangeiro em 2009

Brasília - Apesar do forte impacto negativo da crise global na indústria brasileira, a participação dos investimentos estrangeiros diretos (IED) no setor industrial aumentou significativamente este ano. Dados do Banco Central mostram que, de janeiro a novembro de 2009, o IED para a indústria representou 44,3% do total de US$ 25,1 bilhões de ingressos brutos […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - Apesar do forte impacto negativo da crise global na indústria brasileira, a participação dos investimentos estrangeiros diretos (IED) no setor industrial aumentou significativamente este ano. Dados do Banco Central mostram que, de janeiro a novembro de 2009, o IED para a indústria representou 44,3% do total de US$ 25,1 bilhões de ingressos brutos de investimento externo. Em igual período do ano passado, o investimento na indústria representou 33,6% dos ingressos totais no Brasil.

A maior participação da indústria no IED reflete a combinação de dois fenômenos: a forte queda nominal nos investimentos para os setores primários (agricultura, pecuária e extrativo mineral), o que acabou por naturalmente reduzir sua participação no total (de 23,5% para 13,1%), e o crescimento dos investimentos nos setores automotivo e químico, que caminharam na contramão da maioria dos demais setores.

"Em relação aos setores de agricultura, pecuária e extrativo mineral, a crise iniciada em 2008 interrompeu um longo ciclo de alta de preços de commodities, desde 2003. É possível que essa reversão tenha afetado, ainda que momentaneamente, as perspectivas de prazo mais longo para esse setor", disse uma fonte do governo. "É importante notar, entretanto, que a extração de petróleo da camada do pré-sal representará grande impulso ao setor extrativo nos próximos anos."

No caso da indústria, o volume de capital externo ficou praticamente estável (ligeira queda de 0,9%) em termos nominais na comparação com o período de janeiro a novembro de 2008, somando US$ 11,1 bilhões. Não deixa de ser um dado positivo, já que o fluxo total de IED caiu fortemente no mundo e o Brasil não ficou fora desse fenômeno global. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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