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Índices de inflação serão o foco da semana

Os índices de inflação que serão divulgados durante esta semana já começam a gerar expectativas no mercado em relação à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dias 18 e 19 de fevereiro. Estão sendo aguardados o IGP-DI e o IPCA, ambos referentes ao mês de janeiro. O primeiro a sair é o Índice […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.

Os índices de inflação que serão divulgados durante esta semana já começam a gerar expectativas no mercado em relação à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dias 18 e 19 de fevereiro. Estão sendo aguardados o IGP-DI e o IPCA, ambos referentes ao mês de janeiro.

O primeiro a sair é o Índice Geral de Preços, da Fundação Getúlio Vargas, que será divulgado nesta terça-feira, às 15h30. Apesar do reajuste nos preços dos combustíveis no final de dezembro, uma parte do mercado espera que o resultado de janeiro confirme a desaceleração da série de indicadores IGPs. O IGP-10 caiu para metade entre janeiro e dezembro (2,29% contra 4,87%) e o IGP-M, no mesmo período, baixou de 2,33% para 3,75%. Para o IGP-DI, a expectativa é que a variação fique em 2,54%, contra os 2,70% registrados em dezembro. No relatório Focus, do Banco Central, a média do mercado é um pouco inferior: 2,25%.

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Para o CSFB, "assim como sinalizado pelo resultado do IGP-10 de janeiro (2,29% contra 4,87% em dezembro) e do IGP-M de janeiro (2,33% contra 3,75% em dezembro, a desaceleração dos preços agrícolas e o impacto da apreciação da taxa de câmbio têm contribuído para a desaceleração dos IGPs em janeiro, apesar dos reajustes nos combustíveis". O banco estima que o IGP-DI de janeiro, que será divulgado nesta terça-feira (11/2), às 15h30, fique em 2,54%, contra os 2,70% registrados em dezembro. "Entretanto, caso a rápida desaceleração do produtos agrícolas no atacado (indicada pela primeira prévia do IGP-M de fevereiro) se confirme, é provável que o resultado do IGP-DI de janeiro fique em torno de 2,3%."

Na quarta-feira, às 9h30, é a vez do IPCA do IBGE - o índice que serve como referência para a meta de inflação do governo -, que deve apresentar alta em relação à dezembro. As apostas estão um pouco acima dos 2%, chegando a 2,2%. A média do mercado, apresentada também no relatório Focus, é de 2%. Em dezembro, o IPCA foi de 1,98%. Se o resultado se confirmar, o impacto dos reajustes do combustível, do transporte público, entre outros, terá sido maior do que o causado pela desaceleração dos preços livres.

A resistência da inflação em cair parece cada vez mais evidente. Por isso, já se discute no mercado uma nova elevação da taxa de juros. Além dos índices de inflação, alguns analistas estão preocupados com o cenário internacional. A iminência de um ataque dos Estados Unidos ao Iraque impacta o preço do petróleo e a taxa de câmbio, o que aumenta as chances de um choque externo. "O BC terá de confirmar a austeridade demonstrada na reunião do Copom de janeiro, quando elevou a taxa de juros meio ponto percentual", diz o relatório semanal do banco Lloyds TSB.

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