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ICI avança, mas analistas continuam pessimistas

As expectativas ainda pessimistas mostram que o ciclo de desaceleração da atividade industrial deve continuar no segundo trimestre

Autoindústria: para superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, setores como bens duráveis e bens de capital apresentaram grande volume de estoques (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 16h48.

Rio - A redução parcial nos estoques na indústria favoreceu o aumento na confiança entre os empresários do setor em abril. Na prévia divulgada pela Fundação Getúlio Vargas ( FGV ), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,3% em relação a março - o que, se confirmado no fim do mês, será o primeiro resultado positivo de 2014.

Apesar disso, as expectativas ainda pessimistas mostram que o ciclo de desaceleração da atividade industrial deve continuar no segundo trimestre.

"Houve melhora nos estoques. Não dá para dizer que se ajustaram, mas também não estão tão desequilibrados quanto em fevereiro e março", observou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.

Mesmo assim, ele acrescentou que setores como bens duráveis (incluindo veículos automotores) e bens de capital ainda apresentaram grande volume de estoques, na contramão deste movimento de recuperação, o que é preocupante.

Com a percepção de que os estoques estão diminuindo, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,1% na prévia de abril, sendo a principal contribuição para a alta da confiança neste mês - a primeira no ano, após três quedas consecutivas no ICI.

Em sentido oposto, o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,5% na apuração preliminar.

Se confirmada, a queda no IE será a menos intensa desde dezembro de 2013, quando o subíndice teve alta de 1,8%.

Ainda assim, o resultado não é uma sinalização favorável, nem para o curto, nem para o médio prazo, observou Campelo. Segundo ele, a percepção sobre o ambiente de negócios não mostra otimismo dos empresários.

"Não há sinal de otimismo. A confiança mostra que a desaceleração (na atividade) pode continuar no segundo trimestre", disse Campelo.

Nuci

Com o ajuste nos estoques em curso, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu de 84,4% em março para 84,2% na prévia de abril, segundo a FGV. "Isso mostra que o nível de atividade está fraco", disse Campelo.

Além do menor dinamismo da indústria, o aumento na capacidade produtiva, devido à conclusão dos investimentos iniciados no ano passado, também pode estar empurrando o Nuci para baixo, explicou o superintendente.

Com a incorporação desses investimentos, o denominador da conta fica maior, enquanto o nível de atividade permanece estável ou cai ainda mais.

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Rio - A redução parcial nos estoques na indústria favoreceu o aumento na confiança entre os empresários do setor em abril. Na prévia divulgada pela Fundação Getúlio Vargas ( FGV ), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,3% em relação a março - o que, se confirmado no fim do mês, será o primeiro resultado positivo de 2014.

Apesar disso, as expectativas ainda pessimistas mostram que o ciclo de desaceleração da atividade industrial deve continuar no segundo trimestre.

"Houve melhora nos estoques. Não dá para dizer que se ajustaram, mas também não estão tão desequilibrados quanto em fevereiro e março", observou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.

Mesmo assim, ele acrescentou que setores como bens duráveis (incluindo veículos automotores) e bens de capital ainda apresentaram grande volume de estoques, na contramão deste movimento de recuperação, o que é preocupante.

Com a percepção de que os estoques estão diminuindo, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,1% na prévia de abril, sendo a principal contribuição para a alta da confiança neste mês - a primeira no ano, após três quedas consecutivas no ICI.

Em sentido oposto, o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,5% na apuração preliminar.

Se confirmada, a queda no IE será a menos intensa desde dezembro de 2013, quando o subíndice teve alta de 1,8%.

Ainda assim, o resultado não é uma sinalização favorável, nem para o curto, nem para o médio prazo, observou Campelo. Segundo ele, a percepção sobre o ambiente de negócios não mostra otimismo dos empresários.

"Não há sinal de otimismo. A confiança mostra que a desaceleração (na atividade) pode continuar no segundo trimestre", disse Campelo.

Nuci

Com o ajuste nos estoques em curso, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu de 84,4% em março para 84,2% na prévia de abril, segundo a FGV. "Isso mostra que o nível de atividade está fraco", disse Campelo.

Além do menor dinamismo da indústria, o aumento na capacidade produtiva, devido à conclusão dos investimentos iniciados no ano passado, também pode estar empurrando o Nuci para baixo, explicou o superintendente.

Com a incorporação desses investimentos, o denominador da conta fica maior, enquanto o nível de atividade permanece estável ou cai ainda mais.

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