Economia

Guerras arrasam economias do Oriente Médio, alerta FMI

"A maior parte do capital produtivo nas zonas de conflito foi destruído, as perdas de riqueza pessoal e de receitas são enormes", diz diretora do Fundo


	Christine Lagarde: "a maior parte do capital produtivo nas zonas de conflito foi destruído, as perdas de riqueza pessoal e de receitas são enormes", diz diretora do Fundo
 (Nicholas Kamm/AFP)

Christine Lagarde: "a maior parte do capital produtivo nas zonas de conflito foi destruído, as perdas de riqueza pessoal e de receitas são enormes", diz diretora do Fundo (Nicholas Kamm/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2016 às 18h23.

As economias do Oriente Médio estão arrasadas pelas guerras e pelo deslocamento de população que geraram enormes desafios humanitários e de desenvolvimento - adverte o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira (16).

Crescimento econômico em queda livre, incessantes desequilíbrios fiscais e uma força de trabalho dizimada exigem novos esforços de países doadores, assim como a coordenação da ajuda humanitária, diz o relatório divulgado a três dias de uma reunião da ONU sobre a crise dos refugiados.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse que os desastres econômicos arrasam o Oriente Médio, enquanto todos os olhares estão voltados para o aspecto humanitário de suas guerras.

"A maior parte do capital produtivo nas zonas de conflito foi destruído, as perdas de riqueza pessoal e de receitas são enormes, e o capital humano se deteriora por falta de empregos e de Educação", afirmou Lagarde em um documento anexado ao relatório do FMI.

Na próxima segunda-feira (19), a Assembleia Geral das Nações Unidas fará uma reunião de alto nível para coordenar respostas internacionais para a crise dos refugiados e dos imigrantes.

O relatório do FMI é divulgado depois de o Banco Mundial ter relatado, em um documento tornado público na quinta-feira, que os países pobres são os que mais recebem refugiados, o que torna necessário a coordenação de esforços de ajuda humanitária.

"Em diferentes graus, esses países enfrentam uma grande quantidade de refugiados, confiança fraca e declinante coesão social - o que corrói a qualidade das instituições e sua possibilidade de empreender reformas econômicas mais do que necessárias", completa o relatório do FMI.

Acompanhe tudo sobre:FMIOriente Médio

Mais de Economia

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'

Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação

BNDES e banco da Ásia assinam memorando para destinar R$ 16,7 bi a investimentos no Brasil

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,3%; expectativa para inflação também sobe, para 4,4%