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Guedes sugere que não foi informado sobre intervenção em preço do diesel

Presidente Jair Bolsonaro pediu suspensão do reajuste no diesel, o que levou Petrobras a perder R$ 32,4 bilhões em valor de mercado

PAULO GUEDES: "Passei o dia inteiro trabalhando, não tenho informação suficiente" (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2019 às 20h52.

Washington — O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu nesta sexta-feira que não foi informado sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro de intervir para adiar o reajuste do preço do diesel pela Petrobras. Questionado ao sair de reuniões no Fundo Monetário Internacional (FMI) se havia sido consultado por Bolsonaro, Guedes afirmou que não sabia "nem" do que se tratava, pois havia passado o dia inteiro em reuniões em Washington.

"Passei o dia inteiro trabalhando, não tenho informação suficiente", disse Guedes. Diante da insistência de jornalistas e da sugestão de que ele não foi informado sobre a interferência nos preços, Guedes respondeu: "É uma inferência razoável aparentemente".

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Nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que determinou a suspensão do reajuste no diesel. A decisão da Petrobras de adiar o aumento no preço do combustível fez a empresa perder R$ 32,4 bilhões em valor de mercado. A primeira reação do ministro da Economia foi dizer que não iria comentar e disse que teria uma "silêncio ensurdecedor" aos jornalistas sobre o assunto.

O porta-voz da presidência informou nesta sexta-feira que Bolsonaro não comentou se fez alguma ligação para o ministro Paulo Guedes.

Depois, a assessoria que acompanha o ministro durante a viagem informou que ele não fará nenhum outro pronunciamento à imprensa.

Mais cedo, também em Washington, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que não há risco de que o governo Bolsonaro adote uma política de controle de preços - algo pelo qual o governo da ex-presidente Dilma Rousseff foi criticada. Apesar de não comentar especificamente a situação da Petrobrás, Campos Neto afirmou que "economistas liberais acreditam na menor intervenção possível".

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