Economia

Grécia promete reduzir déficit, mas mercados desconfiam

ATENAS (Reuters) - A Grécia revelou nesta quinta-feira parte do seu plano de três anos para reduzir o déficit orçamentário, mas os mercados financeiros permaneceram céticos e sem saber se o país conseguirá dominar a crise fiscal.   Sob pressão dos seus colegas da União Europeia para reduzir a dívida que levou alguns economistas a […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2010 às 10h46.

ATENAS (Reuters) - A Grécia revelou nesta quinta-feira parte do seu plano de três anos para reduzir o déficit orçamentário, mas os mercados financeiros permaneceram céticos e sem saber se o país conseguirá dominar a crise fiscal.

Sob pressão dos seus colegas da União Europeia para reduzir a dívida que levou alguns economistas a questionar sua participação na zona do euro, o governo grego disse que pretende cortar o déficit no orçamento de 12,7 por cento para 2,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2012.

"Os esforços nos próximos três anos serão decisivos para a trajetória do país", disse o primeiro-ministro George Papandreou ao gabinete, um dia antes de submeter o plano à UE. "As metas são atingíveis, nós podemos fazer isso."

As mazelas fiscais da Grécia levaram a reduções na classificação de risco do país e um aumento nos seus custos de crédito. Nesta quinta-feira, os mercados continuvam a punir Atenas.

"Até onde eu posso ver, não há nada de muito novo no plano. Ele ressalta o desejo do governo de reduzir o déficit e limitar a dívida, mas ainda resta uma série de questões", disse Juergen Michels, economista do Citigroup.

"Os investidores precisarão ter mais detalhes sobre como o governo grego planeja atingir suas metas", acrescentou.

O ministro das Finanças grego George Papaconstantinou disse que as medidas de redução do déficit incluem diminuir gastos com defesa e com hospitais, reduzir o pagamento de horas extras e de bônus no setor estatal e congelar os salários dos servidores públicos em até 2 mil euros por mês.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Consumo na Argentina fecha bimestre em alta pela primeira vez no governo Milei

Consignado para CLT: Lula sugere comprar bens e 'até pagar uma dívida' com novo empréstimo

Decreto de Lula vai limitar execução de gastos do governo, diz Planejamento

Para combater mercado ilegal, governo define regras para tratamento de bets pelos bancos