Se a Grécia não conseguir fechar um acordo com os credores antes do fim do mês, estará sujeita a decretar moratória sobre uma dívida de 1,5 bilhão de euros (Yorgos Karahalis/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2015 às 07h49.
Bruxelas - A Grécia e seus credores internacionais continuam divididos em relação a medidas que o governo em Atenas precisa implementar antes de receber novos recursos financeiros, segundo documento ao qual o Wall Street Journal teve acesso.
O documento, de cinco páginas, detalha as chamadas "ações anteriores" que o governo grego está disposto a adotar, assim como a reação dos credores a propostas de reformas.
As "ações anteriores" são um conjunto de leis que a Grécia precisa aprovar antes de receber qualquer novo desembolso. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defende que pelo menos parte dessas ações precisa ser aprovada na Grécia antes que ela submeta qualquer acordo de resgate ao Parlamento alemão.
O Eurogrupo, formado por ministros de Finanças da zona do euro, vai se reunir em Bruxelas, a partir das 14h (de Brasília), para discutir a questão da Grécia.
Se a Grécia não conseguir fechar um acordo com os credores antes do fim do mês, estará sujeita a decretar moratória sobre uma dívida de 1,5 bilhão de euros com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no próximo dia 30 e, em última instância, a abandonar a zona do euro.
As "ações anteriores" descritas no documento estão em linha com a proposta mais recente de Atenas, que foi bem recebida pelos credores - que incluem o FMI, a Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE) - na última segunda-feira.
As principais divergências são em relação à tributação de empresas e à reforma do sistema previdenciário grego, segundo o documento.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, também vai estar em Bruxelas para se reunir com líderes das instituições credoras que monitoram o atual programa de ajuda de Atenas.