Economia

Grécia afirma que apresentou plano realista aos credores

Tsipras não revelou detalhes sobre as propostas do governo, mas mencionou "concessões que serão difíceis"


	O premier grego, Alexis Tsipras: "Durante a noite apresentamos um plano completo aos credores"
 (Aris Messinis/AFP)

O premier grego, Alexis Tsipras: "Durante a noite apresentamos um plano completo aos credores" (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 13h21.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou nesta terça-feira que Atenas apresentou um plano de reformas "realista" a seus credores.

"Durante a noite apresentamos um plano completo aos credores", declarou Tsipras, que classificou o projeto de "realista" para tirar o país da crise econômica.

Tsipras não revelou detalhes sobre as propostas do governo, mas mencionou "concessões que serão difíceis".

O primeiro-ministro fez as declarações no momento em que crescem os rumores sobre um possível ultimato dos credores (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) a Atenas, depois de quatro meses de negociações infrutíferas sobre as reformas do país.

A Comissão Europeia elogiou nesta terça-feira o intercâmbio de documentos entre Atenas e os credores sobre as reformas que o país deve adotar para receber uma nova injeção de dinheiro, vital para manter o fluxo de caixa.

"As instituições e as autoridades gregas enviaram numerosos documentos. O fato de que tenha acontecido um intercâmbio de documentos é um bom sinal", afirmou Annika Breidthardt, porta-voz da Comissão Europeia, que no entanto se recusou a confirmar a recepção do plano de reformas que Atenas apresentou na segunda-feira.

Ela destacou que ainda não existe um acordo.

Os dirigentes do FMI, BCE e da Comissão participaram na segunda-feira em uma reunião sobre a Grécia, que também contou com as presenças do presidente francês, François Hollande, e da chanceler alemã, Angela Merkel.

Os credores desejam reformas concretas para melhorar a competitividade da economia grega e medidas de economia adicionais, em troca da liberação da última parcela de ajuda, de 7,2 bilhões de euros, dos 240 bilhões acordados desde 2010.

A Grécia tem sérios problemas de liquidez e analistas temem que o país não tenha recursos suficientes para enfrentar os próximos vencimentos de sua dívida.

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