Economia

Governo vai liberar mais de R$100 bi em compulsório, diz Guedes

Declaração do ministro da Economia ocorre um dia após o Banco Central liberar R$ 16,1 bilhões em compulsórios

Paulo Guedes: ministro da economia falou de recursos que devem ser liberados futuramente (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Paulo Guedes: ministro da economia falou de recursos que devem ser liberados futuramente (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de junho de 2019 às 16h26.

Última atualização em 27 de junho de 2019 às 16h28.

Brasília - Após a liberação na quarta-feira, 26, pelo Banco Central de R$ 16,1 bilhões em compulsórios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo pretende liberar mais de R$ 100 bilhões desses recursos no futuro para estimular o crédito privado.

"Nosso primeiro desafio é a reforma da Previdência, mas faremos também a reforma tributária e o Pacto Federativo. Estamos desestatizando o mercado de crédito e ontem (quarta) o Banco Central já liberou compulsórios para aumentar o crédito privado. Vão vir mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório no futuro", disse Guedes após encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também estava presente no encontro.

O ministro da Economia admitiu que se ressentiu da retirada de Estados e municípios do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara e também da exclusão de servidores públicos do relatório. Guedes comentou sobre eventuais dificuldades derivadas de resistências de membros de alguns partidos com relação à inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência.

"Essas questões locais... às vezes um partido qualquer quer a reforma, mas não quer pagar o custo político. [...] Dê um passo para frente, assuma o custo político e vamos botar o Brasil para crescer", afirmou.

Em rápida coletiva após a reunião, o ministro também citou outras ações em curso no governo. Segundo ele, uma maior competição no mercado de petróleo e gás terá impacto não só para indústria como também no preço do botijão de gás para as famílias. A redução estaria entre 30% e 40%, segundo o ministro.  "Vamos reindustrializar o país em cima de energia barata", disse.

O ministro repetiu ainda que o governo pretende simplificar e reduzir impostos, além de concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia e a adesão do Brasil à OCDE.

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