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Governo passa a admitir novo cálculo da aposentadoria na reforma

A assessoria da secretaria da Previdência reconheceu haver a informação de que o cálculo passaria a ser com base na média simples de todos os salários

Aposentadoria: hoje, a aposentadoria é calculada com base na média dos 80 por cento maiores salários, obedecendo ao teto da Previdência (Divulgação/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 29 de março de 2017 às 18h37.

Brasília - A secretaria da Previdência informou nesta quarta-feira que o cálculo da aposentadoria com base na média de 100 por cento de todos os salários de contribuição representa uma interpretação técnica e não uma proposta formal de alteração, e que a reforma enviada pelo governo não buscou alterar a fórmula atual, mais benéfica aos trabalhadores.

Hoje, a aposentadoria é calculada com base na média dos 80 por cento maiores salários, obedecendo ao teto da Previdência.

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Ao excluir as contribuições mais baixas, em geral associadas ao início de carreira do trabalhador, a fórmula acaba elevando o valor final do benefício.

A assessoria de imprensa da secretaria da Previdência reconheceu haver em material oficial sobre a reforma a informação de que o cálculo passaria a ser com base na média simples de todos os salários, conforme apontado em matéria desta quarta-feira da Folha de S. Paulo.

Mas afirmou que a frase representa uma interpretação de técnicos da pasta e que não consta no texto enviado ao Congresso Nacional, que estabelece que o cálculo levará em conta a "média das remunerações e dos salários de contribuição utilizados como base para as contribuições, apurada na forma da lei".

Pela lei 8.213, de 1991, o benefício é calculado pela "média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo".

Segundo a Folha, o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, foi questionado por parlamentar sobre a informação do material de divulgação e disse que o material do governo seria corrigido.

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