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Governo paga R$56 bi com pedaladas a bancos públicos

O secretário interino do Tesouro Nacional informou que os desembolsos sairão da conta única e que não haverá emissão nova de títulos públicos

Pagamento: O secretário interino do Tesouro Nacional informou que não haverá emissão nova de títulos públicos (Germano Luders)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 16h03.

Brasília - O governo pagou 72,4 bilhões de reais relativos a débitos junto aos bancos federais e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ( FGTS ), sendo que deste total, 55,6 bilhões de reais relativos às pedaladas fiscais devidas até 2014, montantes que terão impacto nas dividas públicas líquida e bruta.

O secretário interino do Tesouro Nacional , Otávio Ladeira de Medeiros, informou nesta quarta-feira que os desembolsos sairão da conta única e que não haverá emissão nova de títulos públicos, a não ser uma específica para o Banco do Brasil, de 1,5 bilhão de reais até esta quinta-feira.

Segundo Ladeira, o governo decidiu ainda abater 55,8 bilhões de reais da meta de superávit primário de 2015, e não os 57 bilhões de reais estimados antes com as pedaladas devidas até o ano passado.

"Era uma estimativa... Os valores devidos acabaram sendo menores", afirmou a jornalistas o secretário.

O Congresso Nacional deu aval neste mês para rombo de até 117 bilhões de reais para o setor público consolidado (governo central, estados, municípios e estatais). Só para o governo central (Tesouro, Banco Central e INSS), o rombo permitido ficou em 51,8 bilhões de reais no ano, que poderia subir a 119,9 bilhões de reais pelo pagamento das pedaladas fiscais e por frustração com o ingresso de receitas com o leilão de hidrelétricas.

Segundo Ladeira, a diferença entre o que foi pago neste ano e as pedaladas auferidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) até o final de 2014, que corresponde a cerca de 17 bilhões de reais, referem-se a passivos com os bancos públicos em 2015. Ladeira não considerou esses passivos como pedaladas.

O secretário explicou que o BC deverá capturar todos os passivos em suas estatísticas fiscais, seguindo a orientação do TCU sobre essa obrigatoriedade. "O impacto fiscal na dívida pública será o total (de 72,4 bilhões de reais)", afirmou ele.

Ladeira disse ainda que o Tesouro fará "tempestivamente" o pagamento de todas as despesas de 2016. (Por Cesar Raizer; Texto de Patrícia Duarte)

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Brasília - O governo pagou 72,4 bilhões de reais relativos a débitos junto aos bancos federais e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ( FGTS ), sendo que deste total, 55,6 bilhões de reais relativos às pedaladas fiscais devidas até 2014, montantes que terão impacto nas dividas públicas líquida e bruta.

O secretário interino do Tesouro Nacional , Otávio Ladeira de Medeiros, informou nesta quarta-feira que os desembolsos sairão da conta única e que não haverá emissão nova de títulos públicos, a não ser uma específica para o Banco do Brasil, de 1,5 bilhão de reais até esta quinta-feira.

Segundo Ladeira, o governo decidiu ainda abater 55,8 bilhões de reais da meta de superávit primário de 2015, e não os 57 bilhões de reais estimados antes com as pedaladas devidas até o ano passado.

"Era uma estimativa... Os valores devidos acabaram sendo menores", afirmou a jornalistas o secretário.

O Congresso Nacional deu aval neste mês para rombo de até 117 bilhões de reais para o setor público consolidado (governo central, estados, municípios e estatais). Só para o governo central (Tesouro, Banco Central e INSS), o rombo permitido ficou em 51,8 bilhões de reais no ano, que poderia subir a 119,9 bilhões de reais pelo pagamento das pedaladas fiscais e por frustração com o ingresso de receitas com o leilão de hidrelétricas.

Segundo Ladeira, a diferença entre o que foi pago neste ano e as pedaladas auferidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) até o final de 2014, que corresponde a cerca de 17 bilhões de reais, referem-se a passivos com os bancos públicos em 2015. Ladeira não considerou esses passivos como pedaladas.

O secretário explicou que o BC deverá capturar todos os passivos em suas estatísticas fiscais, seguindo a orientação do TCU sobre essa obrigatoriedade. "O impacto fiscal na dívida pública será o total (de 72,4 bilhões de reais)", afirmou ele.

Ladeira disse ainda que o Tesouro fará "tempestivamente" o pagamento de todas as despesas de 2016. (Por Cesar Raizer; Texto de Patrícia Duarte)

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