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Governo muda postura em relação às grandes fusões

Brasília - O governo adotou uma nova postura em relação à formação de grandes conglomerados empresariais no País. Depois de anos buscando preservar um ambiente de maior concorrência no mercado doméstico, sinais de mais boa vontade têm surgido em relação à criação de multinacionais “made in Brazil”. Formalmente, não há uma política definida de apoio […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - O governo adotou uma nova postura em relação à formação de grandes conglomerados empresariais no País. Depois de anos buscando preservar um ambiente de maior concorrência no mercado doméstico, sinais de mais boa vontade têm surgido em relação à criação de multinacionais “made in Brazil”. Formalmente, não há uma política definida de apoio às fusões, mas a concentração doméstica deixou de ser o único prisma de avaliação das operações, como revelou a Secretaria de Direito Econômico (SDE) há dez dias, quando o Pão de Açúcar anunciou ter assumido o controle das Casas Bahia.

A retomada do ritmo de crescimento após a crise tem injetado novo gás nos planos de fusões e aquisições. Em setembro, o JBS Friboi, além de adquirir seu rival local, o Bertin, avançou sobre o mercado americano com a compra da Pilgrim’s Pride, tornando-se a maior empresa global de processamento de carnes. Antes da operação Pão Açúcar-Casas Bahia, o País já contabilizava negócios como a fusão entre Itaú e Unibanco, em novembro do ano passado, e entre Perdigão e Sadia, anunciada em maio.

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“Esse é um processo crescente, fruto de uma situação que estamos observando no mundo, não só no Brasil, que é esse movimento de crescimento forte no pós-crise”, diz Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral. Para Moacir Zilbovicius, sócio do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, existe um posicionamento do governo no sentido de fomentar a criação de empresas que tenham capacidade de competição internacional, o que irá gerar internamente um processo de consolidação.

A fusão entre a Oi e a Brasil Telecom é citada por especialistas como um exemplo da nova postura. “Neste caso houve um empenho direto do Estado para permitir a fusão e enfrentar a concorrência dos estrangeiros dentro do próprio País”, avalia Luís Afonso Lima, diretor-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) e economista-chefe do Grupo Telefônica no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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