EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h43.
Mesmo com o Orçamento deste ano aprovado, o governo federal vai limitar os gastos até março para demonstrar ao Banco Central e ao mercado financeiro que está comprometido com o cumprimento da meta de superávit primário (economia para pagamento dos juros) de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010.
A limitação deve ser mantida até março, quando será feita, pela primeira vez neste ano, a avaliação bimestral das receitas e despesas e será editado o decreto definitivo para 2010. Ou seja, será definido se haverá ou não cortes no orçamento.
Além da prudência nos gastos, o objetivo da medida é convencer o Banco Central de que não é necessário elevar os juros, pelo menos no curto prazo, porque o governo está contendo os gastos, um estímulo a menos para aumentar a inflação. Atualmente, há uma descrença no mercado de que o governo conseguirá atingir a meta de superávit de 3,3% do PIB. As apostas são de que essa economia não será superior a 2,5% do PIB. O objetivo da limitação dos gastos é mudar essa percepção.