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Governo grego quer mais dois anos para cumprir resgate

Parceiros europeus, especialmente a Alemanha, já sinalizaram que pode haver ajustes no plano metas fiscais da Grécia

Antonis Samaras (no centro), Evangelos Venizelos (à direita), Vassilis Rapanos (à esquerda), Fotis Kouvelis, reúnem-se em Atenas (John Kolesidis/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 10h07.

Atenas - O novo governo grego vai pedir aos credores mais dois anos para cumprir suas metas fiscais, numa posição que deve agradar à opinião pública local mas gerar atrito com os parceiros da zona do euro.

Uma autoridade do pequeno partido Esquerda Democrática disse que o adiamento nos prazos impostos pelos credores e uma prorrogação do auxílio-desemprego são elementos cruciais na plataforma do novo governo, que será dominado pelo partido conservador Nova Democracia, e terá a participação também do socialista Pasok.

O Nova Democracia venceu a eleição grega de domingo prometendo manter o país na zona do euro, mas tentando renegociar as duras medidas de austeridade exigidas como contrapartida para um resgate internacional de 130 bilhões de euros, definido em março.

Parceiros europeus, especialmente a Alemanha, já sinalizaram que pode haver ajustes no plano, mas não uma reformulação completa dos termos.

O primeiro-ministro Antonis Samaras, líder do Nova Democracia, deve anunciar seu gabinete na quinta-feira e tem a difícil tarefa de cumprir as ordens dos credores sem agravar a indignação da população grega, que há cinco anos sofre com uma recessão que provoca perdas salariais, cortes de aposentadorias e gastos públicos e desemprego recorde.

O partido esquerdista Syriza, que defende abandonar o pacote de resgate da União Europeia e FMI, ficou em segundo lugar na eleição de domingo, e deve manter o governo sob constante pressão para atenuar as medidas de austeridade.

A fonte do Esquerda Democrática disse, pedindo anonimato, que a plataforma de governo prevê a renegociação dos termos de modo que a Grécia tenha até 2016 para reduzir seu déficit público a 2,1 por cento do PIB. Em 2011, o déficit ficou em 9,3 por cento do PIB.

Funcionários gregos dizem que tal prorrogação exigiria 16 a 20 bilhões de euros adicionais em financiamento estrangeiro.

O governo deve também solicitar a prorrogação de um para dois anos no pagamento do seguro-desemprego, além de oferecer benefícios a autônomos que estejam sem trabalho e limitar as demissões no setor público, segundo a fonte partidária.

O documento deve ser submetido à aprovação em uma reunião dos líderes da coalizão na quinta-feira, após a qual será anunciado o gabinete.

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Atenas - O novo governo grego vai pedir aos credores mais dois anos para cumprir suas metas fiscais, numa posição que deve agradar à opinião pública local mas gerar atrito com os parceiros da zona do euro.

Uma autoridade do pequeno partido Esquerda Democrática disse que o adiamento nos prazos impostos pelos credores e uma prorrogação do auxílio-desemprego são elementos cruciais na plataforma do novo governo, que será dominado pelo partido conservador Nova Democracia, e terá a participação também do socialista Pasok.

O Nova Democracia venceu a eleição grega de domingo prometendo manter o país na zona do euro, mas tentando renegociar as duras medidas de austeridade exigidas como contrapartida para um resgate internacional de 130 bilhões de euros, definido em março.

Parceiros europeus, especialmente a Alemanha, já sinalizaram que pode haver ajustes no plano, mas não uma reformulação completa dos termos.

O primeiro-ministro Antonis Samaras, líder do Nova Democracia, deve anunciar seu gabinete na quinta-feira e tem a difícil tarefa de cumprir as ordens dos credores sem agravar a indignação da população grega, que há cinco anos sofre com uma recessão que provoca perdas salariais, cortes de aposentadorias e gastos públicos e desemprego recorde.

O partido esquerdista Syriza, que defende abandonar o pacote de resgate da União Europeia e FMI, ficou em segundo lugar na eleição de domingo, e deve manter o governo sob constante pressão para atenuar as medidas de austeridade.

A fonte do Esquerda Democrática disse, pedindo anonimato, que a plataforma de governo prevê a renegociação dos termos de modo que a Grécia tenha até 2016 para reduzir seu déficit público a 2,1 por cento do PIB. Em 2011, o déficit ficou em 9,3 por cento do PIB.

Funcionários gregos dizem que tal prorrogação exigiria 16 a 20 bilhões de euros adicionais em financiamento estrangeiro.

O governo deve também solicitar a prorrogação de um para dois anos no pagamento do seguro-desemprego, além de oferecer benefícios a autônomos que estejam sem trabalho e limitar as demissões no setor público, segundo a fonte partidária.

O documento deve ser submetido à aprovação em uma reunião dos líderes da coalizão na quinta-feira, após a qual será anunciado o gabinete.

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