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FMI: aperto monetário nos EUA pode retardar recuperação da Ásia

A pressão inflacionária, a desaceleração econômica da China e a disseminação de casos de coronavírus também obscurecem as perspectivas da Ásia

o aumento dos preços eleva a arrecadação fiscal ao provocar uma alta automática das receitas do imposto sobre o valor agregado (Yuri Gripas/Reuters)
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Reuters

Publicado em 25 de janeiro de 2022 às 11h16.

Os aumentos esperados das taxas de juros pelo banco central norte-americano podem atrasar a recuperação econômica dos países emergentes da Ásia e manter a pressão sobre os formuladores de política monetária para se protegerem contra o risco de saída de capital, disse um funcionário de alto escalão do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) nesta terça-feira.

A crescente pressão inflacionária, a desaceleração econômica da China e a disseminação de casos de coronavírus da variante Ômicron também obscurecem as perspectivas para a região, disse Changyong Rhee, diretor do Departamento da Ásia-Pacífico do FMI.

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"Não esperamos que uma normalização monetária dos EUA cause grandes choques ou grandes saídas de capital na Ásia, mas a recuperação da Ásia emergente pode ser retardada pelas taxas de juros e alavancagens globais mais altas", disse ele à Reuters em entrevista por escrito.

À medida que as preocupações com um Fed mais agressivo agitam os mercados globais, investidores esperam que o banco central dos EUA sinalize na quarta-feira seu plano de aumentar as taxas de juros em março. Os mercados precificaram um total de quatro aumentos de taxas neste ano.

Rhee disse que existe risco de a inflação nos EUA ficar mais alta do que o esperado e exigir um aperto monetário "mais rápido ou maior" pelo Fed.

Na versão atualizada do relatório Perspectiva Econômica Mundial divulgada nesta terça-feira, o FMI reduziu a projeção de crescimento da Ásia emergente para 2022 a 5,9%, ante 6,3% do prognóstico de outubro.

O rebaixamento deveu-se em grande parte a um forte corte de 0,8 ponto percentual na estimativa de crescimento para a China em 2022, a 4,8%, o que refletiu impacto dos problemas do setor imobiliário e desdobramentos sobre o consumo decorrentes de restrições rígidas à Covid-19.

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