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Fitch reafirma rating do Brasil mas cita política como risco

Agência de classificação de risco reafirmou o rating do Brasil em "BB" com perspectiva negativa

Fitch: agência destaca que fraquezas políticas são compensadas pela diversidade econômica do país e instituições civis consolidadas (Brendan McDermid/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de maio de 2017 às 11h55.

A agência de classificação de risco Fitch reafirmou nesta sexta-feira o rating do Brasil em "BB" com perspectiva negativa, citando os repetidos episódios de instabilidade política que têm implicações para a economia.

"O rating do Brasil é contido pela fraqueza estrutural em suas finanças públicas, peso crescente da dívida do governo, perspectivas fracas de crescimento, indicadores mais fracos de governança em relação a outros, e repetidos episódios de instabilidade política que afetam a política e têm implicações negativas para a economia", apontou a Fitch em nota.

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Por outro lado, a Fitch destaca que essas fraquezas são compensadas pela diversidade econômica do país e instituições civis consolidadas, citando ainda como motivo para reafirmar o rating a queda da inflação e as reformas que devem facilitar a consolidação fiscal, como a do teto dos gastos.

A Fitch prevê crescimento de 0,5 por cento do Brasil em 2017 e de 2,5 por cento em 2018.

"Entretanto, recentes eventos políticos relacionados ao presidente Temer elevaram a incerteza em relação ao processo de reformas e podem afetar a confiança e as perspectivas de recuperação econômica", completou a nota.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer em consequência da denúncia de que Temer teria dado aval ao empresário Joesley Batista para manter pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha em troca de silêncio sobre denúncias contra o governo.

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