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Alta dos preços de imóveis no Brasil perde ímpeto, diz Fitch

A expansão do financiamento é tida como o fator mais importante por trás da alta dos preços dos imóveis brasileiros

Imóveis na região do Jardins, São Paulo (Germano Lüders/Exame)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 18h35.

São Paulo - Os preços dos imóveis residenciais no Brasil dispararam desde 2008, impulsionados pelo crescimento econômico sustentado, expansão explosiva do crédito e oferta limitada de habitações adequadas, mas a tendência de alta parece estar perdendo o ímpeto e os valores começam a se estabilizar, reduzindo o risco de bolha no setor imobiliário, segundo novo relatório divulgado pela Fitch Ratings.

"Entre janeiro de 2008 e julho de 2012, os preços reais dos imóveis subiram 92% em São Paulo e 118% no Rio de Janeiro. Nos últimos meses, no entanto, a alta dos preços se desacelerou e passou a crescer em linha com a renda", disse Jayme Bartling, diretor sênior da agência de classificação de risco.

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A expansão do financiamento imobiliário é tida como o fator mais importante por trás da alta dos preços dos imóveis, diz a Fitch no documento, citando dados do Banco Central, segundo os quais a concessão de crédito para a compra de imóveis saltou de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 para 5,4% em maio deste ano.

O acesso ao crédito, de acordo com a Fitch, permitiu aos consumidores no Brasil comprar imóveis mais caros, o que inflacionou os preços.

De modo geral, os preços subiram mais rápido do que as rendas familiares tanto em termos nominais como reais, afirma a agência. A relação preços/renda está acima de 5 vezes em São Paulo e de 7 vezes no Rio de Janeiro.

"Embora os preços pareçam altos considerando-se qualquer tipo de medida, a Fitch não espera que caiam significativamente em um ambiente econômico benigno, em vista da oferta de médio prazo e desequilíbrios na demanda. Entretanto, no caso de cenários econômicos turbulentos, a Fitch admite o risco de um considerável declínio nos preços dos imóveis", disse a agência. As informações são da Dow Jones.

Leia também: Por que os preços dos imóveis podem ter chegado ao topo

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