FGV: construção civil vai segurar desaceleração do INCC
Rio de Janeiro - O aquecimento do setor de construção deve impedir uma desaceleração mais forte no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) no âmbito dos Índices Gerais de Preços (IGPs) nos próximos meses, segundo avaliou hoje o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. O INCC registrou, no Índice […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio de Janeiro - O aquecimento do setor de construção deve impedir uma desaceleração mais forte no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) no âmbito dos Índices Gerais de Preços (IGPs) nos próximos meses, segundo avaliou hoje o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. O INCC registrou, no Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), variação de 0,72% em julho, abaixo do resultado do mês anterior, de 2,01%. Os três grupos componentes do índice apresentaram desaceleração em julho em relação a junho.
O índice relativo a materiais e equipamentos desacelerou de 0 87% em junho para 0,73% em julho. A taxa do grupo serviços passou de 0,66%, no mês anterior, para 0,49% nesta apuração. Já a taxa do grupo mão de obra passou de 3,30% em junho para 0,78% em julho. No caso da mão de obra no INCC, Quadros acredita que, com o aquecimento do setor de construção, as empresas estão pagando reajustes até mesmo acima dos decididos pelos sindicatos. Por isso, apesar da desaceleração nos reajustes, a mão de obra registrou alta de 0,78% em julho.
No que diz respeito aos materiais e equipamentos, Quadros também atribui a alta apurada em julho (0,73%), apesar da desaceleração ante o mês anterior, ao bom desempenho da atividade do setor. "O potencial de desaceleração daqui para frente não é grande no INCC, ainda que ocorra perda de ritmo nos aumentos, sobretudo na mão de obra, porque há aquecimento do setor, com impacto sobretudo nos materiais", disse.