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Fed avalia compra aberta de títulos para ajudar a economia

Novo método de política monetária busca dar mais margem para adaptar a escala de incentivos e mudar os rumos da economia

Bandeira dos EUA: Método pode resultar em ação agressiva, sobretudo se for atrelado a metas econômicas, como diminuir a taxa de desemprego (Al Messerschmidt/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2012 às 11h46.

Washington/ Nova York- O Federal Reserve ( Fed ), Banco Central dos Estados Unidos, está avaliando um novo método de política monetária não convencional com o intuito de dar mais margem para adaptar a escala de seus incentivos e mudar os rumos da economia.

Enquanto novas medidas não saem e o prazo para potenciais mudanças ainda são dúvida, algumas autoridades disseram que novas compras de títulos da dívida podem ser abertas, o que significa que não estariam vinculadas a uma quantia ou tempo fixos.

"Estou propenso a pensar que se o Fed decidir pelo afrouxamento quantitativo, seria do tipo aberto", afirmou Michael Feroli, economista-chefe dos EUA no JPMorgan e ex-membro do Fed.

Pelo fato de que não teria limites estabelecidos além da oferta do Tesouro e títulos hipotecários disponíveis, esse método pode levar a uma ação muito agressiva, particularmente se for atrelado a uma meta econômica, como diminuir a taxa de desemprego do país de 8,3 por cento para menos de 7 por cento.

Mas Feroli acredita que o Fed, ainda atento às críticas dos republicanos pela compra de 600 bilhões de dólares em títulos públicos no ano passado, provavelmente tentará começar cautelosamente.

"Um resultado mais plausível seria ser mais cauteloso do que os afrouxamentos quantitativos do passado: provavelmente eles se comprometem a estabelecer esse afrouxamento até o próximo encontro ou o seguinte, e depois reavaliariam sem especificar as condições para interromper o plano", afirmou.

Após gastar 2,3 trilhões de dólares em duas rodadas de compra de títulos, o Fed sugeriu em seu encontro de agosto, na semana passada, que mais estímulos seriam feitos em um futuro próximo, a não ser que a economia crescesse rapidamente.

A compra aberta de títulos públicos pode ajudar autoridades a evitar o choque de um grande comprometimento financeiro inicial, potencialmente ganhando a simpatia de alguns fiscais da inflação no comitê de política econômica e protegendo o Fed de uma derrota política antes das eleições presidenciais de 6 de novembro.

Economistas disseram que a manobra daria ao Fed uma forma mais ágil de influenciar na economia, mas também traria nova intensidade para o método da instituição, muitas vezes polêmico, de manter as taxas de juros futuras baixas, por meio de grandes compras de títulos.

"A economia não ouve datas fixas, ela tem sua própria maré e ritmo", afirmou Michael Gapen, economista da Barclays Capital, em Nova York.

O presidente do Fed em St. Louis, James Bullard, há tempos é favorável à ideia de usar o balancete do banco central como ferramenta nas reuniões da instituição, assim como funcionava com as taxas de juros até ela se transformar em zero no final de 2008.

"Os mercados têm essa ideia de que há os afrouxamentos 1 e 2, e que o 3 deve ser igual aos anteriores. Não está tão claro para mim se é assim que a coisa está fluindo", afirmou Bullard à CNBC na quinta-feira, explicando como seu método preferível funcionaria.

"Seria usar a política do balancete como análoga exata da política de juros", afirmou.

Essa possibilidade parece mais plausível após a última reunião.

"Muitos participantes indicaram que qualquer programa de novas compras deveria ser suficientemente flexível para permitir ajustes, se necessários, em resposta aos acontecimentos econômicos ou mudanças na avaliação do comitê sobre a eficácia e os custos do programa", informou a ata divulgada na quarta-feira.

Uma soma sem limites elimina a difícil questão de quanto o Fed deve gastar. Se ele passar do ponto, vai inflar seu balancete, mas se a quantidade de compras for muito baixa, talvez não tenha os efeitos desejados na economia.

"Eles escolhem a melhor palavra de todas", afirmou Anthony Chan, economista-chefe da Chase Wealth Management, em Nova York. "Mantendo a compra aberta, você não pode por definição decepcionar o mercado."

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Washington/ Nova York- O Federal Reserve ( Fed ), Banco Central dos Estados Unidos, está avaliando um novo método de política monetária não convencional com o intuito de dar mais margem para adaptar a escala de seus incentivos e mudar os rumos da economia.

Enquanto novas medidas não saem e o prazo para potenciais mudanças ainda são dúvida, algumas autoridades disseram que novas compras de títulos da dívida podem ser abertas, o que significa que não estariam vinculadas a uma quantia ou tempo fixos.

"Estou propenso a pensar que se o Fed decidir pelo afrouxamento quantitativo, seria do tipo aberto", afirmou Michael Feroli, economista-chefe dos EUA no JPMorgan e ex-membro do Fed.

Pelo fato de que não teria limites estabelecidos além da oferta do Tesouro e títulos hipotecários disponíveis, esse método pode levar a uma ação muito agressiva, particularmente se for atrelado a uma meta econômica, como diminuir a taxa de desemprego do país de 8,3 por cento para menos de 7 por cento.

Mas Feroli acredita que o Fed, ainda atento às críticas dos republicanos pela compra de 600 bilhões de dólares em títulos públicos no ano passado, provavelmente tentará começar cautelosamente.

"Um resultado mais plausível seria ser mais cauteloso do que os afrouxamentos quantitativos do passado: provavelmente eles se comprometem a estabelecer esse afrouxamento até o próximo encontro ou o seguinte, e depois reavaliariam sem especificar as condições para interromper o plano", afirmou.

Após gastar 2,3 trilhões de dólares em duas rodadas de compra de títulos, o Fed sugeriu em seu encontro de agosto, na semana passada, que mais estímulos seriam feitos em um futuro próximo, a não ser que a economia crescesse rapidamente.

A compra aberta de títulos públicos pode ajudar autoridades a evitar o choque de um grande comprometimento financeiro inicial, potencialmente ganhando a simpatia de alguns fiscais da inflação no comitê de política econômica e protegendo o Fed de uma derrota política antes das eleições presidenciais de 6 de novembro.

Economistas disseram que a manobra daria ao Fed uma forma mais ágil de influenciar na economia, mas também traria nova intensidade para o método da instituição, muitas vezes polêmico, de manter as taxas de juros futuras baixas, por meio de grandes compras de títulos.

"A economia não ouve datas fixas, ela tem sua própria maré e ritmo", afirmou Michael Gapen, economista da Barclays Capital, em Nova York.

O presidente do Fed em St. Louis, James Bullard, há tempos é favorável à ideia de usar o balancete do banco central como ferramenta nas reuniões da instituição, assim como funcionava com as taxas de juros até ela se transformar em zero no final de 2008.

"Os mercados têm essa ideia de que há os afrouxamentos 1 e 2, e que o 3 deve ser igual aos anteriores. Não está tão claro para mim se é assim que a coisa está fluindo", afirmou Bullard à CNBC na quinta-feira, explicando como seu método preferível funcionaria.

"Seria usar a política do balancete como análoga exata da política de juros", afirmou.

Essa possibilidade parece mais plausível após a última reunião.

"Muitos participantes indicaram que qualquer programa de novas compras deveria ser suficientemente flexível para permitir ajustes, se necessários, em resposta aos acontecimentos econômicos ou mudanças na avaliação do comitê sobre a eficácia e os custos do programa", informou a ata divulgada na quarta-feira.

Uma soma sem limites elimina a difícil questão de quanto o Fed deve gastar. Se ele passar do ponto, vai inflar seu balancete, mas se a quantidade de compras for muito baixa, talvez não tenha os efeitos desejados na economia.

"Eles escolhem a melhor palavra de todas", afirmou Anthony Chan, economista-chefe da Chase Wealth Management, em Nova York. "Mantendo a compra aberta, você não pode por definição decepcionar o mercado."

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