Economia

Fazenda vai propor autorização para um novo leilão do pré-sal

O objetivo é que, caso o leilão seja autorizado, o governo arrecade entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões aos cofres públicos

Pré-sal: o leilão pode ajudar a diminuir o contingenciamento de gastos do governo (ThinkStock/Thinkstock)

Pré-sal: o leilão pode ajudar a diminuir o contingenciamento de gastos do governo (ThinkStock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de abril de 2017 às 16h04.

São Paulo - O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida Junior, afirmou nesta quarta-feira, 5, que o contingenciamento de gastos do governo deve se reduzir ao longo do ano.

Um dos fatores que podem contribuir para a isto é a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) de empresas estatais, caso o mercado de capitais continue melhorando, e um leilão de nova área do pré-sal.

Mansueto disse que o governo vai propor na semana que vem, na reunião do Conselho Nacional de Política Energética, a autorização para um novo leilão da área do pré-sal, que pode render entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões aos cofres públicos.

"Hoje isto está fora do orçamento", disse o secretário a jornalistas após fazer palestra em evento do Bradesco BBI nesta quarta-feira.

O secretário disse ainda que há "chance grande" de o governo recuperar precatórios antigos, com mais de cinco anos. Além disso, estatais podem ser privatizadas e, no cronograma de IPOs, ele mencionou a Caixa Seguridade e o IRB, empresa da área de resseguro (espécie de seguro do seguro, para diluir grandes riscos).

Previdência

O secretário avalia a proposta de reforma da Previdência em tramitação na Câmara como uma "revolução". Se nada for feito, ele ressaltou que as despesas com Previdência serão explosivas e o Brasil vai gastar em 2060 ao redor de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) com pensões e aposentadorias.

"Não tem nenhum país do mundo que gaste esse porcentual com Previdência", disse durante o debate.

Mansueto reconheceu que mudar as regras previdenciárias não é fácil, mas isto precisará ser feito, ou o Brasil terá que ter aumento excessivo da carga tributária para cobrir o rombo. "E ninguém quer aumento de imposto."

Acompanhe tudo sobre:LeilõesMinistério da FazendaPetróleoPré-sal

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos