Economia

Fazenda e Banco Central confirmam saída de Ilan Goldfajn

O Ministério da Fazenda comunicou, em nota oficial, que o diretor de política econômica do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, será substituído por Afonso Bevilacqua, e que Eduardo Loyo passará a ocupar a Diretoria de Assuntos Especiais. Assim como Goldfajn, ambos os indicados para a diretoria do BC são professores da Pontifícia Universidade Católica do […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h23.

O Ministério da Fazenda comunicou, em nota oficial, que o diretor de política econômica do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, será substituído por Afonso Bevilacqua, e que Eduardo Loyo passará a ocupar a Diretoria de Assuntos Especiais.

Assim como Goldfajn, ambos os indicados para a diretoria do BC são professores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), o que é um sinal positivo pois indica que o governo manterá a mesma linha de política econômica.

Antes de fazerem parte do corpo docente da PUC-RJ, Bevilacqua trabalhou no FMI (Fundo Monetário Internacional), enquanto Loyo foi professor da Universidade Harvard. Ainda não está marcada a data da sabatina no Senado para os diretores indicados para o BC. A troca no Banco Central foi bem recebida pelo mercado, que considera uma sinalização de continuidade.

Leia, abaixo, a íntegrad a nota do Ministério da Fazenda sobre a mudança no Banco Central:

"O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, está encaminhando ao Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a indicação, em comum acordo com o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, do nome de Afonso Bevilaqua para substituir Ilan Goldfajn na Diretoria de Política Econômica e o de Eduardo Loyo para ocupar de forma permanente a Diretoria de Estudos Especiais, atualmente vaga.

Numa busca constante por qualidade e transparência, o Banco Central está preenchendo de forma permanente a Diretoria de Estudos Especiais de forma a intensificar os estudos e contribuir na formulação macroeconômica no Banco Central.

Este avanço é importante na medida em que aumenta a presença de diretores com profundo conhecimento macroeconômico na diretoria do BC, a exemplo do praticado em diversos outros Bancos Centrais, como o Banco Central do Chile, Banco da Inglaterra, Federal Reserve Board. Isto agrega massa crítica para os debates internos do BC e permite um embasamento melhor das decisões a serem tomadas pelo Banco Central.

Eduardo Loyo é pernambucano do Recife e doutor em economia pela Universidade de Princeton (EUA). É professor visitante da Universidade de Columbia (EUA), professor licenciado da Universidade de Harvard (EUA). Já lecionou também no INSEAD (França).

Afonso Bevilaqua, gaúcho de Porto Alegre, é doutor em economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley (EUA), e professor da PUC do Rio de Janeiro. Foi economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) e nos últimos anos tem trabalhado como consultor do Banco Mundial (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Comissão Econômica para América Latina (Cepal) e instituições financeiras públicas e privadas.

A saída do diretor Ilan Goldfajn é um desejo pessoal de retomar a vida privada após ter contribuído para o Banco Central desde meados de 2000. Ilan permanecerá no Banco Central até o início de julho."

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Coisas assim levaram ao impeachment de Dilma, diz Meirelles sobre desconfiança com contas públicas

Mercado de trabalho permanece aquecido e eleva desafios à frente

Caged: Brasil criou 232 mil vagas de trabalho em agosto

Pacote de auxílio econômico para companhias aéreas será de R$ 6 bi