Economia

Falta de financiamento para exportar é a maior crítica do setor de máquinas

Levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostra que as principais dificuldades do setor para exportar estão nas áreas de financiamento (27%), promoção (22%) e logística (13%). Além disso, as dificuldades burocráticas e operacionais (13%), ao lado das barreiras não-tarifárias, ambas com 13%, também foram apontadas pelos entrevistados como grandes problemas. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

Levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostra que as principais dificuldades do setor para exportar estão nas áreas de financiamento (27%), promoção (22%) e logística (13%). Além disso, as dificuldades burocráticas e operacionais (13%), ao lado das barreiras não-tarifárias, ambas com 13%, também foram apontadas pelos entrevistados como grandes problemas.

A pesquisa da Abimaq mostra que os obstáculos para obtenção de crédito por meio do programa BNDES-Exim Pré-embarque e para obtenção de garantias exigidas pelo BNDES-Exim e Proex são fatores negativos para os exportadores.

As empresas enfatizaram que a falta de divulgação da imagem do Brasil como produtor de máquinas e equipamentos no exterior também é um grande entrave ao aumento das exportações. A principal dificuldade detectada pelas empresas é com relação ao custo das ações promocionais (31%), seguido por dificuldades na identificação de parceiros no exterior (24%) e acesso a informações mercadológicas (19%).

Na área logística, os principais entraves ficaram por conta dos custos dos transportes (54%). Para mais de 41% dos entrevistados, a burocracia está relacionada com órgãos como a Secretaria da Receita Federal, o departamento de Operação de Comércio Exterior (Decex) e o Banco Central. Já 33% das respostas consideraram a documentação exigida para as operações como volumosas e altamente detalhistas.

Com relação às barreiras tarifárias, 38% destacaram a dificuldade provocada pela falta de informações sobre os regulamentos e leis do país para o qual deseja exportar, seguido, com 26% das respostas, pelo alto custo do atendimento das exigências na emissão de certificados de qualidade ou ensaio de produtos. A exigência de atendimento a especificações e normas técnicas para os produtos foi lembrada por 17% dos entrevistados.

Para as garantias de operações, 73% das respostas apontaram os entraves para a obtenção do seguro de crédito (35%). Para 38%, o problema está nos altos custos da obtenção desse seguro. Foram analisadas 110 empresas, sendo que 90% atuam no comércio exterior. Deste total, 64% agem por meio de operações de exportação direta. Desse total, 72% realizam transações de exportação com freqüência. Quanto ao perfil das empresas, 38% são de pequeno porte (com até 50 funcionários) e 13% são grandes empresas (com mais de 400 funcionários).

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