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Exportações evitam contração pior na zona do euro no 3º tri

O escritório de estatísticas da UE informou nesta quinta-feira que as exportações foram o único setor a dar uma contribuição significativa ao crescimento da economia

Autoindústria: a zona do euro contou com as exportações de bens como carros alemães para a China para dar uma contribuição de 0,4 % ao PIB (REUTERS/Jason Lee)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 10h36.

Bruxelas - As exportações de carros e maquinários da Alemanha ajudaram a proteger a zona do euro de uma recessão mais profunda no terceiro trimestre deste ano, enquanto as empresas esvaziaram os estoques e cortaram investimentos, mostrando o papel do comércio na condução de qualquer recuperação.

Confirmando uma contração de 0,1 por cento na produção para o período entre julho e setembro, o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, informou nesta quinta-feira que as exportações foram o único setor a dar uma contribuição significativa ao crescimento da economia.

A leitura, que confirma a primeira estimativa de 15 de novembro do Eurostat, mostrou que o bloco de 17 países está em sua segunda recessão desde 2009, resultado dos estagnados gastos do governo e consumo das famílias, e de uma contribuição menor do investimentos e dos estoques no trimestre.

Lutando para sair de sua crise bancária e de dívida pública, a zona do euro contou com as exportações de bens como carros alemães para a China para dar uma contribuição de 0,4 ponto percentual ao Produto Interno Bruto (PIB), e essa tendência deve continuar.

"O comércio e o fim das incertezas em torno do futuro da zona do euro são duas coisas que vão tirar o bloco da recessão", disse o economista do Commerzbank Christoph Weil.


"Esperamos que a economia global acelere e isso dará mais força às exportações da zona do euro", disse ele, estimando crescimento de 0,5 por cento para a Alemanha no próximo ano, mas nada para a zona do euro.

Com o desemprego na zona do euro em um nível recorde e a área de moeda única dividida sobre como resolver a crise bancária provocada pela crise financeira global de 2008/09, as empresas e as famílias estão relutantes em gastar enquanto governos estão buscando reduzir seus déficits orçamentários.

Mas uma recuperação lenta da economia dos Estados Unidos e forte demanda chinesa significam que as exportações alemãs --que respondem por 40 por cento das vendas ao exterior da zona do euro-- ainda tem um mercado mesmo que a demanda no endividado sul europeu murche.

As exportações alemãs cresceram 5 por cento entre janeiro e agosto, último período com dados disponíveis, impulsionadas por maquinários e veículos. As vendas de carros de luxo BMW saltaram mais de 14 por cento em setembro graças ao crescimento na Ásia.

A Eurostat mostrou que desaceleração do crescimento na Alemanha e na França, contração na Itália e estagnação na Bélgica.


A Holanda registrou a maior queda no trimestre, recuando 1,1 por cento na comparação com o trimestre anterior.

Embora os números mostrem recessão, economistas e autoridades estão divididos sobre se o pior ainda está por vir para o bloco, que gera um quinto da produção global e tem sido enfraquecido --primeiramente pela crise financeira entre 2007 e 2009 e depois pela crise da dívida da zona do euro.

A Comissão Europeia vê modesto crescimento de 0,1 por cento no ano que vem, enquanto a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e muitos bancos de investimento veem uma continuidade da recessão em 2013, o que elevaria níveis recordes de desemprego e prejudicaria o resto da atividade no mundo.

O Banco Central Europeu (BCE) pode diminuir suas projeções para o crescimento em sua reunião nesta quinta-feira, afirmam economistas.

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Bruxelas - As exportações de carros e maquinários da Alemanha ajudaram a proteger a zona do euro de uma recessão mais profunda no terceiro trimestre deste ano, enquanto as empresas esvaziaram os estoques e cortaram investimentos, mostrando o papel do comércio na condução de qualquer recuperação.

Confirmando uma contração de 0,1 por cento na produção para o período entre julho e setembro, o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, informou nesta quinta-feira que as exportações foram o único setor a dar uma contribuição significativa ao crescimento da economia.

A leitura, que confirma a primeira estimativa de 15 de novembro do Eurostat, mostrou que o bloco de 17 países está em sua segunda recessão desde 2009, resultado dos estagnados gastos do governo e consumo das famílias, e de uma contribuição menor do investimentos e dos estoques no trimestre.

Lutando para sair de sua crise bancária e de dívida pública, a zona do euro contou com as exportações de bens como carros alemães para a China para dar uma contribuição de 0,4 ponto percentual ao Produto Interno Bruto (PIB), e essa tendência deve continuar.

"O comércio e o fim das incertezas em torno do futuro da zona do euro são duas coisas que vão tirar o bloco da recessão", disse o economista do Commerzbank Christoph Weil.


"Esperamos que a economia global acelere e isso dará mais força às exportações da zona do euro", disse ele, estimando crescimento de 0,5 por cento para a Alemanha no próximo ano, mas nada para a zona do euro.

Com o desemprego na zona do euro em um nível recorde e a área de moeda única dividida sobre como resolver a crise bancária provocada pela crise financeira global de 2008/09, as empresas e as famílias estão relutantes em gastar enquanto governos estão buscando reduzir seus déficits orçamentários.

Mas uma recuperação lenta da economia dos Estados Unidos e forte demanda chinesa significam que as exportações alemãs --que respondem por 40 por cento das vendas ao exterior da zona do euro-- ainda tem um mercado mesmo que a demanda no endividado sul europeu murche.

As exportações alemãs cresceram 5 por cento entre janeiro e agosto, último período com dados disponíveis, impulsionadas por maquinários e veículos. As vendas de carros de luxo BMW saltaram mais de 14 por cento em setembro graças ao crescimento na Ásia.

A Eurostat mostrou que desaceleração do crescimento na Alemanha e na França, contração na Itália e estagnação na Bélgica.


A Holanda registrou a maior queda no trimestre, recuando 1,1 por cento na comparação com o trimestre anterior.

Embora os números mostrem recessão, economistas e autoridades estão divididos sobre se o pior ainda está por vir para o bloco, que gera um quinto da produção global e tem sido enfraquecido --primeiramente pela crise financeira entre 2007 e 2009 e depois pela crise da dívida da zona do euro.

A Comissão Europeia vê modesto crescimento de 0,1 por cento no ano que vem, enquanto a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e muitos bancos de investimento veem uma continuidade da recessão em 2013, o que elevaria níveis recordes de desemprego e prejudicaria o resto da atividade no mundo.

O Banco Central Europeu (BCE) pode diminuir suas projeções para o crescimento em sua reunião nesta quinta-feira, afirmam economistas.

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