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Exportação de petróleo em 2014 compensará outras commodities

Segundo Associação de Comércio Exterior do Brasil, exportação de petróleo deverá crescer quase 50% no ano que vem

Plataforma de petróleo: exportações de commodities do Brasil respondem por mais de 60 por cento das vendas externas do país (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 15h16.

São Paulo - A exportação de petróleo do Brasil, grande decepção das vendas externas totais do país em 2013, deverá crescer quase 50 por cento em 2014 e compensar a queda de preços esperada para o ano que vem em importantes commodities do país, previu a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) nesta terça-feira.

As exportações de commodities do Brasil respondem por mais de 60 por cento das vendas externas do país.

"Petróleo deverá ser exportado em uma quantidade maior, no mínimo 50 por cento a mais do que neste ano, é o que se espera. A previsão é que em 2014 não haja tantas interrupções de operação (de plataformas) quanto neste ano", afirmou o presidente da AEB, José Augusto de Castro, em nota.

Segundo ele, com menos paradas para manutenção, a produção de petróleo do Brasil deverá crescer aproximadamente 10 por cento, em cerca de 200 mil barris de petróleo/dia.

O petróleo, no passado recente, foi a segunda commodity exportada pelo Brasil, atrás apenas do minério de ferro. Em 2014, apesar da recuperação, o produto ainda ficará em terceiro do ranking da AEB, atrás da soja em grão.

Considerando todos os produtos, inclusive os manufaturados, a AEB projeta que as exportações do país somem 239,05 bilhões de dólares em 2014, leve baixa ante a projeção de 239,9 bilhões de dólares para 2013.

Desse total, o minério de ferro responderá por 31,02 bilhões de dólares em 2014 (-3,1 por cento ante 2013); a soja por 21,07 bilhões de dólares (-7,7 por cento ante 2013); e o petróleo por 19,2 bilhões de dólares, alta de 49,6 por cento ante o total projetado para este ano.

O Brasil prevê colher e exportar volumes recordes de soja em 2014, mas a receita deve cair ante 2013, por conta dos preços mais baixos, com uma alta na oferta global.

"Todas as commodities, sem exceção, estarão com preços abaixo dos observados neste ano. Não é uma queda de preços forte, mas serão preços mais baixos. Algumas tiveram recorde de exportações neste ano, como o açúcar, soja e minério, e isso não deve se repetir", disse Castro.

"O produto que poderá fazer a balança ser positiva para o lado brasileiro é o mesmo que, em 2013, está prejudicando o desempenho das exportações: o petróleo", acrescentou ele, indicando que, além das vendas externas menores da commodity energética, este ano o Brasil ainda elevou fortemente as importações de combustíveis.

O saldo da balança comercial este ano foi fortemente afetado pela conta petróleo. Se houver déficit, ele ocorrerá em função das fortes compras de combustíveis e da redução nas vendas de petróleo ante 2012.

Castro disse que ainda é difícil traçar estimativas para as importações em 2014. Elas, no entanto, deverão ser menores do que neste ano, em parte por causa do dólar, que está valorizado e torna as compras no exterior menos atrativas.

"A quantidade geral importada deverá ser menor. Uma queda de 5 por cento, até devido à influência de um câmbio mais forte." A previsão da AEB é de um superávit em 2014 de cerca de 7 bilhões de dólares.

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As exportações de commodities do Brasil respondem por mais de 60 por cento das vendas externas do país.

"Petróleo deverá ser exportado em uma quantidade maior, no mínimo 50 por cento a mais do que neste ano, é o que se espera. A previsão é que em 2014 não haja tantas interrupções de operação (de plataformas) quanto neste ano", afirmou o presidente da AEB, José Augusto de Castro, em nota.

Segundo ele, com menos paradas para manutenção, a produção de petróleo do Brasil deverá crescer aproximadamente 10 por cento, em cerca de 200 mil barris de petróleo/dia.

O petróleo, no passado recente, foi a segunda commodity exportada pelo Brasil, atrás apenas do minério de ferro. Em 2014, apesar da recuperação, o produto ainda ficará em terceiro do ranking da AEB, atrás da soja em grão.

Considerando todos os produtos, inclusive os manufaturados, a AEB projeta que as exportações do país somem 239,05 bilhões de dólares em 2014, leve baixa ante a projeção de 239,9 bilhões de dólares para 2013.

Desse total, o minério de ferro responderá por 31,02 bilhões de dólares em 2014 (-3,1 por cento ante 2013); a soja por 21,07 bilhões de dólares (-7,7 por cento ante 2013); e o petróleo por 19,2 bilhões de dólares, alta de 49,6 por cento ante o total projetado para este ano.

O Brasil prevê colher e exportar volumes recordes de soja em 2014, mas a receita deve cair ante 2013, por conta dos preços mais baixos, com uma alta na oferta global.

"Todas as commodities, sem exceção, estarão com preços abaixo dos observados neste ano. Não é uma queda de preços forte, mas serão preços mais baixos. Algumas tiveram recorde de exportações neste ano, como o açúcar, soja e minério, e isso não deve se repetir", disse Castro.

"O produto que poderá fazer a balança ser positiva para o lado brasileiro é o mesmo que, em 2013, está prejudicando o desempenho das exportações: o petróleo", acrescentou ele, indicando que, além das vendas externas menores da commodity energética, este ano o Brasil ainda elevou fortemente as importações de combustíveis.

O saldo da balança comercial este ano foi fortemente afetado pela conta petróleo. Se houver déficit, ele ocorrerá em função das fortes compras de combustíveis e da redução nas vendas de petróleo ante 2012.

Castro disse que ainda é difícil traçar estimativas para as importações em 2014. Elas, no entanto, deverão ser menores do que neste ano, em parte por causa do dólar, que está valorizado e torna as compras no exterior menos atrativas.

"A quantidade geral importada deverá ser menor. Uma queda de 5 por cento, até devido à influência de um câmbio mais forte." A previsão da AEB é de um superávit em 2014 de cerca de 7 bilhões de dólares.

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