Carnes: no total, 62 países aumentaram suas aquisições do Brasil enquanto outros 90 países reduziram suas compras em relação a 2015 (Germano Lüders/EXAME.com)
Reuters
Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 16h23.
São Paulo - Os embarques de carne bovina do Brasil, incluindo carne in natura e processada, recuaram 1 por cento em 2016, com quedas mais significativas nas vendas para Rússia e Venezuela, dois países com economias afetadas pela queda nas cotações do petróleo, informou nesta quinta-feira a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
A comercialização com o exterior atingiu 1,35 milhão de toneladas, ante 1,361 milhão de toneladas em 2015, informou a entidade, com dados compilados junto ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
No total, 62 países aumentaram suas aquisições do Brasil enquanto outros 90 países reduziram suas compras em relação a 2015, destacou a Abrafrigo.
"É o segundo ano consecutivo de queda nas vendas depois do recorde de exportações de 2014, quando o país comercializou 1,575 milhão de toneladas", destacou a associação, em nota.
O recuo nos embarques ocorre "apesar das boas notícias do ano passado como a abertura do mercado norte-americano à carne bovina in natura brasileira, volta da Arábia Saudita como compradora e o crescimento explosivo das importações do produto pela China".
Em receita, as exportações recuaram 8 por cento, atingindo 5,34 bilhões de dólares, estimou a associação.
A Abrafrigo disse que vê perspectivas otimistas para as exportações do setor em 2017, com a entrada mais forte em novos mercados, o retorno de antigos clientes e uma ação mais agressiva das empresas brasileiras, uma vez que o dólar ainda está em patamar de boa remuneração para os exportadores.
A entidade disse que uma dezena de associados estão em processo de habilitação para vendas para a China, que figurou como principal comprador de carne bovina do Brasil, com 33 por cento dos embarques em 2016.