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Ex-embaixador critica política comercial externa brasileira

Rubens Barbosa classificou, nesta sexta-feira, a ação do governo no setor como "total falta de visão estratégica"

Rubens Barbosa: "Além do débil comércio exterior brasileiro e do crescimento de apenas 2,5% previsto para o comércio internacional, o crescimento na economia é baixo", afirmou (ROGERIO MONTENEGRO /VEJA)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 14h04.

São Paulo - O ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos e presidente do Conselho Superior de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Rubens Barbosa, criticou duramente, na manhã desta sexta-feira, a política comercial externa brasileira e classificou a ação do governo no setor como "total falta de visão estratégica". Segundo ele, a queda nas exportações e no saldo da balança comercial traz uma perspectiva pessimista para 2012 e 2013.

"Além do débil comércio exterior brasileiro e do crescimento de apenas 2,5% previsto para o comércio internacional, o crescimento na economia é baixo. Ou seja, temos ainda um problema grave de demanda", afirmou Barbosa no seminário Câmbio e Comércio Internacional em Perspectiva, realizado na capital paulista.

Barbosa disse que "falta agressividade" ao Brasil no comércio com os grandes mercados e citou, com ironia, a atitude do governo após a China mudar a linha de atuação da economia este ano, com maior prioridade para o mercado interno. "O governo não fez sequer uma relação de produtos para o mercado interno chinês. Mas fiquei feliz com a China, que elaborou essa lista de com 421 produtos possíveis e a mandou para nós", disse.

O embaixador classificou ainda como "paciência estratégica que não se esgota nunca" a ação bilateral comercial do Brasil com a Argentina. "O comércio com a Argentina recuou 20% e isso trouxe um impacto negativo de 0,5% do PIB", exemplificou Barbosa. Ele lembrou ainda que o tema não foi pauta da visita da presidente Dilma Rousseff esta semana à Argentina.

Barbosa avaliou também que há no País uma "manipulação de comércio exterior", com a inclusão de plataformas de petróleo na pauta de exportação e ainda o atraso no registro de importações para ampliar o saldo comercial.

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"Além do débil comércio exterior brasileiro e do crescimento de apenas 2,5% previsto para o comércio internacional, o crescimento na economia é baixo. Ou seja, temos ainda um problema grave de demanda", afirmou Barbosa no seminário Câmbio e Comércio Internacional em Perspectiva, realizado na capital paulista.

Barbosa disse que "falta agressividade" ao Brasil no comércio com os grandes mercados e citou, com ironia, a atitude do governo após a China mudar a linha de atuação da economia este ano, com maior prioridade para o mercado interno. "O governo não fez sequer uma relação de produtos para o mercado interno chinês. Mas fiquei feliz com a China, que elaborou essa lista de com 421 produtos possíveis e a mandou para nós", disse.

O embaixador classificou ainda como "paciência estratégica que não se esgota nunca" a ação bilateral comercial do Brasil com a Argentina. "O comércio com a Argentina recuou 20% e isso trouxe um impacto negativo de 0,5% do PIB", exemplificou Barbosa. Ele lembrou ainda que o tema não foi pauta da visita da presidente Dilma Rousseff esta semana à Argentina.

Barbosa avaliou também que há no País uma "manipulação de comércio exterior", com a inclusão de plataformas de petróleo na pauta de exportação e ainda o atraso no registro de importações para ampliar o saldo comercial.

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