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EUA: republicanos voltam a travar reforma financeira no Senado

O projeto do governo prevê a criação de uma instituição de proteção ao consumidor financeiro, no seio do banco central (Fed)

Senado voltou a bloquear os esforços democratas para debater a reforma do sistema financeiro promovida pelo presidente Obama (.)
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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2010 às 21h12.

Washington - Sem temer os riscos políticos, os senadores republicanos se mantiveram firmes nesta terça-feira e voltaram a bloquear os esforços democratas para debater a reforma do sistema financeiro promovida pelo presidente Barack Obama.

Pela segunda vez em dois dias, a proposta sobre o início dos debates do projeto obteve menos dos 60 votos necessários (57-41).

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"Os republicanos já deixaram claro de que lado estão: do lado dos grandes bancos de Wall Street, e não do lado das famílias de classe média", disse o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, que deve reapresentar a iniciativa amanhã.

Os republicanos desejam discutir e eventualmente votar uma versão de consenso do projeto, e não o texto atual.

O projeto do governo prevê a criação de uma instituição de proteção ao consumidor financeiro, no seio do banco central (Fed). Propõe também uma melhor supervisão do imenso mercado de derivativos. Os autores do texto esperam ainda pôr um fim aos resgates de grandes instituições financeiras em dificuldade à custa dos contribuintes.

Lançado diante da pressão da opinião pública sobre os grandes bancos, responsabilizados pela crise financeira de 2008, e visando as eleições legislativas de novembro, o projeto quer, essencialmente, aplicar regras mais rígidas a Wall Street.

Na véspera, o presidente Barack Obama lamentou o bloqueio dos republicanos: "Eu estou profundamente desapontado que os Senadores republicanos tenham votado em bloco contra o início de um debate público da reforma".

"Alguns desses senadores devem acreditar que essa obstrução é uma boa estratégia política, e outros devem ver o atraso como uma oportunidade de realizar esse debate a portas fechadas, onde lobistas de indústrias financeiras podem atrapalhar a reforma ou acabar com ela completamente", disse Obama.

"Mas os americanos não podem aceitar isso", acrescentou.

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