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EUA registra mais 3,2 milhões de desempregados na crise do coronavírus

Segundo o jornal americano The New York Times, mais de 25% dos trabalhadores estão sem emprego em alguns estados

Desemprego nos Estados Unidos (Gabby Jones/Bloomberg/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2020 às 09h39.

Última atualização em 7 de maio de 2020 às 09h52.

O Department of Labor dos EUA divulgou nesta quinta-feira (7) que cerca de 3,2 milhões de pessoas deram entrada no pedido de seguro- desemprego na última semana, levando o total de vagas fechadas, desde o começo da pandemia do novo coronavírus , a mais de 30 milhões.

O relatório semanal do Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 3,169 milhões em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 2 de maio, contra 3,846 milhões na semana anterior.

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Segundo o jornal americano The New York Times, mais de 25% dos trabalhadores estão sem emprego em alguns estados.

Economistas consultados pela agência de notícias Reuters projetavam 3 milhões de pedidos na última semana. Os dados sustentam as visões de economistas de uma recuperação longa da economia, afetada pelas paralisações devido ao combate ao coronavírus.

A economia encolheu no primeiro trimestre no ritmo mais forte desde a Grande Recessão de 2007-2009. O relatório seguiu-se à notícia na véspera de fechamento de um recorde de 20,2 milhões de postos de trabalho no setor privado em abril.

O colapso nas vagas de trabalho dos EUA acontece poucos meses depois que o presidente Donald Trump se gabava de que seu governo havia derrubado a taxa de desemprego para 3,5%, a menor taxa em mais de 50 anos.

Somente no mês de abril se evaporaram por volta de 22 milhões de empregos nos Estados Unidos – mais que o total de vagas criadas ao longo de uma década. Até então, o pior mês tinha sido setembro de 1945, quando o país eliminou quase 2 milhões de postos de trabalho por causa da desmobilização ocorrida ao término da Segunda Guerra Mundial.

O súbito aumento do desemprego nos Estados Unidos contrasta com o cenário de muitos países europeus, que têm procurado evitar a demissão em massa graças a subsídios do governo. Na Alemanha, por exemplo, as empresas têm negociado com os empregados a redução da jornada de trabalho e dos salários – o governo paga a diferença para evitar a perda de renda.

Nos Estados Unidos, a situação é diferente, um cenário retratado em reportagem da edição de hoje da revista Exame. Como regra geral, as empresas podem demitir seus funcionários sem pagar qualquer indenização.

(Com informações de Reuters)

 

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