Estoque poderá evitar repasse imediato de preço de remédios
O aumento no preço dos medicamentos pode levar até dois meses para chegar às prateleiras, por causa do estoque mantido pelas farmácias e drogarias
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2013 às 20h35.
Rio de Janeiro – O aumento no preço dos medicamentos, autorizado hoje (4) pelo governo, pode levar até dois meses para chegar às prateleiras, por causa do estoque mantido pelas farmácias e drogarias, segundo o presidente da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj), Luis Carlos Marins.
Ele explicou que a indústria reajustou os preços desde segunda-feira (1º) e as tabelas com os novos valores já chegaram às farmácias, mas a maioria ainda mantém o preço antigo e só mudará conforme a reposição dos produtos.
“A orientação da associação e do próprio governo é no sentido de que, a partir de agora, os produtos que forem chegando vão recebendo os novos preços. O consumidor deve sempre procurar uma alternativa de comparar os preços. Isso faz parte do processo para que ele possa ter um desconto de maior valor agregado”, disse.
Marins ressaltou que o preço dos remédios não é determinado pela farmácia, mas fixado pela indústria e submetido à aprovação do governo, com margem de 26% para o revendedor.
“O preço máximo ao consumidor é estabelecido pelo governo federal. A farmácia tem um caderno de preços que fica à disposição do consumidor, com o valor máximo que ela pode cobrar naquele produto. O varejo farmacêutico é o único segmento que ainda tem o preço controlado pelo governo”, declarou.
No centro do Rio, a drogaria Rio Tupã informou que os preços serão reajustados conforme receber os medicamentos com o reajuste da indústria. A expectativa é que todo o estoque seja reposto em até dois meses.
Na rede de farmácias Maxi, o aumento também obedecerá o critério de reposição do estoque com produtos reajsutados pelo fabricante. Na rede de drogarias Padrão, o aumento deve ser repassado a partir de terça-feira (9), independentemente da reposição do estoque.
Em Brasília, a rede de drogarias Distrital e Rosário declarou que o reajuste é automático e foi adotado desde segunda-feira (1º). De acordo com a farmacêutica Fernanda Dias, houve aumento de vendas na semana passada. “Bastante gente procurou a farmácia porque ia ter o aumento”, disse.
Na Drogaria Genérica, o gerente Luciano Brito disse que os preços não foram aumentados. “Ainda não aderimos ao reajuste porque não recebemos a tabela geral com novos preços”. A Drogaria Unicom informou que os estoques estão altos e, por isso, os preços só serão reajustados dentro de 20 a 30 dias, quando o estoque será reposto.
O mesmo deve ocorrer com a Droga Med, onde o estoque pode durar até três meses, segundo informou o vendedor Evandro Araújo. “Aqui não houve reajuste por conta do estoque, geralmente se compra remédios para dois ou três meses e o estoque ainda não acabou”.
A pensionista Gesilda Maria Alves Ferreira, de 76 anos, gasta cerca de R$ 200 por mês com remédios para diabete, hipertensão e refluxo, pretende comprar uma quantidade maior de remédios aproveitando os preços ainda sem o reajuste.
“Tenho que tomar [remédio] todo dia. Tinha remédios lá em Brasília que eu pegava no posto de saúde, mas agora que mudei para o Rio de Janeiro ainda não sei como vou fazer. Pretendo comprar para fazer estoque, mas vai pesar no bolso”, disse.
A aposentada Aldia Lourença de Santana, de 63 anos, passa por situação parecida. “O reajuste vai pesar no meu bolso. Como aposentada só ganho um salário. Gasto todo mês R$ 200 em medicamentos porque tenho problema de coluna, nos rins e no coração. Vai ficar mais difícil”, lamentou.
A doméstica Santana de Andrade, de 40 anos, também não gostou do reajuste. “É ruim para nós que dependemos de remédios e precisamos comprar porque nunca tem na rede pública. O preço já é alto, se subir inda mais vai ficar pior. Eu compro uma cartela para tratamento de um problema que tenho na coluna que custa R$ 90, tem meses que preciso comprar dois envelopes, ou seja, é ruim, é caro”.
A lista com o preço máximo dos medicamentos ao consumidor está disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Rio de Janeiro – O aumento no preço dos medicamentos, autorizado hoje (4) pelo governo, pode levar até dois meses para chegar às prateleiras, por causa do estoque mantido pelas farmácias e drogarias, segundo o presidente da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj), Luis Carlos Marins.
Ele explicou que a indústria reajustou os preços desde segunda-feira (1º) e as tabelas com os novos valores já chegaram às farmácias, mas a maioria ainda mantém o preço antigo e só mudará conforme a reposição dos produtos.
“A orientação da associação e do próprio governo é no sentido de que, a partir de agora, os produtos que forem chegando vão recebendo os novos preços. O consumidor deve sempre procurar uma alternativa de comparar os preços. Isso faz parte do processo para que ele possa ter um desconto de maior valor agregado”, disse.
Marins ressaltou que o preço dos remédios não é determinado pela farmácia, mas fixado pela indústria e submetido à aprovação do governo, com margem de 26% para o revendedor.
“O preço máximo ao consumidor é estabelecido pelo governo federal. A farmácia tem um caderno de preços que fica à disposição do consumidor, com o valor máximo que ela pode cobrar naquele produto. O varejo farmacêutico é o único segmento que ainda tem o preço controlado pelo governo”, declarou.
No centro do Rio, a drogaria Rio Tupã informou que os preços serão reajustados conforme receber os medicamentos com o reajuste da indústria. A expectativa é que todo o estoque seja reposto em até dois meses.
Na rede de farmácias Maxi, o aumento também obedecerá o critério de reposição do estoque com produtos reajsutados pelo fabricante. Na rede de drogarias Padrão, o aumento deve ser repassado a partir de terça-feira (9), independentemente da reposição do estoque.
Em Brasília, a rede de drogarias Distrital e Rosário declarou que o reajuste é automático e foi adotado desde segunda-feira (1º). De acordo com a farmacêutica Fernanda Dias, houve aumento de vendas na semana passada. “Bastante gente procurou a farmácia porque ia ter o aumento”, disse.
Na Drogaria Genérica, o gerente Luciano Brito disse que os preços não foram aumentados. “Ainda não aderimos ao reajuste porque não recebemos a tabela geral com novos preços”. A Drogaria Unicom informou que os estoques estão altos e, por isso, os preços só serão reajustados dentro de 20 a 30 dias, quando o estoque será reposto.
O mesmo deve ocorrer com a Droga Med, onde o estoque pode durar até três meses, segundo informou o vendedor Evandro Araújo. “Aqui não houve reajuste por conta do estoque, geralmente se compra remédios para dois ou três meses e o estoque ainda não acabou”.
A pensionista Gesilda Maria Alves Ferreira, de 76 anos, gasta cerca de R$ 200 por mês com remédios para diabete, hipertensão e refluxo, pretende comprar uma quantidade maior de remédios aproveitando os preços ainda sem o reajuste.
“Tenho que tomar [remédio] todo dia. Tinha remédios lá em Brasília que eu pegava no posto de saúde, mas agora que mudei para o Rio de Janeiro ainda não sei como vou fazer. Pretendo comprar para fazer estoque, mas vai pesar no bolso”, disse.
A aposentada Aldia Lourença de Santana, de 63 anos, passa por situação parecida. “O reajuste vai pesar no meu bolso. Como aposentada só ganho um salário. Gasto todo mês R$ 200 em medicamentos porque tenho problema de coluna, nos rins e no coração. Vai ficar mais difícil”, lamentou.
A doméstica Santana de Andrade, de 40 anos, também não gostou do reajuste. “É ruim para nós que dependemos de remédios e precisamos comprar porque nunca tem na rede pública. O preço já é alto, se subir inda mais vai ficar pior. Eu compro uma cartela para tratamento de um problema que tenho na coluna que custa R$ 90, tem meses que preciso comprar dois envelopes, ou seja, é ruim, é caro”.
A lista com o preço máximo dos medicamentos ao consumidor está disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).