Energias renováveis já empregam 10,3 milhões de pessoas no mundo
Setor criou mais 500 mil novos postos de trabalho no ano passado, um aumento de 5,3% em relação ao ano de 2016
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de maio de 2018 às 17h33.
São Paulo - As energias renováveis já empregam um total de 10,3 milhões de pessoas no mundo. Só em 2017, mais 500 mil novos postos de trabalho foram criados, um aumento de 5,3% em relação a 2016. Os dados foram divulgados nesta semana pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).
Sem surpresas, China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão continuam a ser os maiores empregadores do mercado de energia renovável global, representando mais de 70% de todos os empregos no setor , incluindo grandes hidrelétricas.
Segundo a agência, há um claro reconhecimento por parte de muitos países de que o crescimento econômico com base em tecnologias de baixo carbono é importante e, principalmente, atraente.
Contudo, aqueles países que possuem políticas e estruturas regulatórias favoráveis ao setor tendem a colher maiores benefícios sociais, econômicos e ambientais, uma prática ainda regionalizada.
Pelos cálculos da agência, a descarbonização do sistema energético global pode criar até 28 milhões de empregos de novos no setor de renováveis até 2050.
Quem emprega mais
De acordo com o estudo, a área que mais emprega na indústria renovável em todo o mundo é a de energia solar, respondendo por cerca de 3,4 milhões de empregos, quase 9% a mais do que em 2016, após um recorde de 94 gigawatts (GW) de instalações em 2017.
Estima-se que dois terços dos empregos fotovoltaicos (2,2 milhões) se concentrem na China , país que mais emprega no setor como um todo, seguida de Japão e Estados Unidos.
Índia e Bangladesh completam a lista dos cinco principais empregadores globais neste segmento, que juntos respondem por cerca de 90% dos empregos em energia solar fotovoltaica em todo o mundo.
Já a indústria eólica contabilizou 1,15 milhão de empregos em todo o mundo no ano passado, com 44% deles centralizados na China, seguida pela Europa e América do Norte, com 30% e 10%, respectivamente.