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Empresas brasileiras podem ter negócios boicotados nos EUA

Deputada Perpétua Almeida, manifestou nesta segunda-feira sua "preocupação" diante da possibilidade dos EUA ampliarem suas sanções a empresas que negociam com Irã e Cuba

Sede da Embraer: Perpétua disse que a ampliação dessas sanções a empresas de outros países tramita no Senado americano (©AFP/Arquivo / Eric Piermont)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 18h08.

Brasília - A deputada Perpétua Almeida (PCdoB), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN), manifestou nesta segunda-feira sua "preocupação" diante da possibilidade de os Estados Unidos ampliarem suas sanções às empresas que negociam com países como Cuba e Irã.

Perpétua disse que a ampliação dessas sanções a empresas de outros países tramita no Senado americano e que, caso seja aprovada, afetaria companhias brasileiras, sobretudo na área de defesa, como a Embraer .

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Em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros, a deputada explicou que se trata de uma emenda que impediria o Departamento de Defesa dos Estados Unidos de negociar com empresas estrangeiras que mantenham negócios com nações consideradas inimigas, como Irã e Cuba, a chamada Emenda Rivera.

Perpétua afirmou que, no caso da Embraer, a empresa tem grandes negócios com os EUA na área de defesa e, além disso, mantém em Melbourne, na Flórida, uma fábrica para a montagem de aviões "Phenom 100", inaugurada no ano passado.

Em um documento aprovado pela CREDN em agosto, o grupo afirmou que "toda medida que possa limitar a atuação das empresas brasileiras" vai contra o processo de aproximação comercial entre ambos os países.

Segundo a presidente da Comissão, "parece um contrassenso" que os Estados Unidos, que participam através da empresa Boeing de uma licitação para a venda de 36 caças à Força Aérea Brasileira (FAB), "imponham condições" às operações das companhias brasileiras no resto do mundo.

A deputada disse que a CREDN pretende formar um grupo de parlamentares para viajar aos EUA e apresentar suas preocupações aos membros do Senado americano.

Perpétua disse, no entanto, que a viagem não seria realizada antes das eleições presidenciais e parlamentares americanas, previstas para dia 6 de novembro.

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