Economia

Emprego na indústria cai 0,9% em abril, diz IBGE

Entre abril e março, na série dessazonalizada, o total de desempregados aumentou em 0,9%. Em relação a abril de 2002, houve queda de 1%. O acumulado do ano continua positivo (0,2%), mas inferior a fevereiro (0,7%) e março (0,6%). O acumulado dos últimos doze meses permanece negativo, com queda de 0,3%. Em abril, caiu o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h49.

Entre abril e março, na série dessazonalizada, o total de desempregados aumentou em 0,9%. Em relação a abril de 2002, houve queda de 1%. O acumulado do ano continua positivo (0,2%), mas inferior a fevereiro (0,7%) e março (0,6%). O acumulado dos últimos doze meses permanece negativo, com queda de 0,3%.

Em abril, caiu o número de horas pagas tanto em relação a março, já descontados as componentes sazonais (-0,5%), quanto a igual mês do ano anterior (-1,9%). Também estão negativos o acumulado do ano (-0,4%) e nos últimos doze meses (-0,6%).

Segundo o instituto, a queda aconteceu nove das quatorze áreas e em dez dos dezoito ramos industriais. As principais contribuições negativas vieram dos estados de São Paulo (-2,5%) e Rio de Janeiro (-3,3%), onde houve mais demissões nos setores de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-10,7%), no primeiro, e em papel e gráfica (-15,2%), no segundo. As maiores pressões positivas foram no Paraná (4,3%) e Norte e Centro-Oeste (3,2%), no ramo de alimentos e bebidas: 8,4% e 7,4%, respectivamente.

Dez atividades demitiram trabalhadores, com destaque para outros produtos da indústria de transformação (-8,6%) e minerais não-metálicos (-5,9%). Máquinas e equipamentos-exclusive eletro-eletrônicos e de comunicações (6,0%) e madeira (4,1%) foram os principais impactos positivos no total do País, ainda na comparação abril 03/abril 02.

O acumulado do ano caiu de 0,6% em março para 0,2% em abril, quando em seis das quatorze áreas houve aumento de empregados, destacando-se Paraná (4,6%) e Santa Catarina (3,4%). O Sudeste teve mais demissões, principalmente Rio de Janeiro (-3,1%) e Minas Gerais (-1,7%). No Nordeste houve o segundo maior impacto negativo, com queda de 2,2%. Dez ramos contrataram mais trabalhadores, com destaque para alimentos e bebidas (3,2%) e máquinas e equipamentos-exclusive eletro-eletrônicos e de comunicações (6,5%). Principais impactos negativos: outros produtos da indústria de transformação (-8,6%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-4,2%) e minerais não-metálicos (-3,7%).

O indicador acumulado nos últimos doze meses, por sua vez, vinha apontando suave recuperação do ritmo de queda do emprego, porém apresenta virtual estabilidade entre março e abril (-0,3%). O trimestre encerrado em abril é 0,9% inferior ao de dezembro.

Em abril, após o recuo de 2,0% em março, a folha de pagamento do setor industrial voltou ter ganho real na comparação com o mês anterior: 0,7%, descontadas as influências sazonais. Já as médias móveis trimestrais mostram suave interrupção na trajetória de recuperação iniciada em fevereiro: entre os trimestres encerrados em abril e março deste ano há uma redução de 0,3%.

Nos demais indicadores, a folha de pagamento da indústria brasileira permanece com perda real: -7,5% em relação a abril de 2002, -7,0% no acumulado do ano e -3,9% nos últimos doze meses. No que tange à folha média de pagamento são registrados resultados negativos nos comparativos: abril 03/abril 02 (-6,6%), acumulado no ano (-7,1%) e nos últimos doze meses (-3,6%).

Em relação a abril de 2002, em todos os locais pesquisados houve redução na folha, em termos reais. O Sudeste (-8,3%) e São Paulo (-7,4%) deram as maiores contribuições negativas, devido às quedas nos setores de papel e gráfica (-18,7%, na primeira e -19,9% na segunda) e de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-20,7% e -22,3%, respectivamente). As maiores quedas foram no Rio de Janeiro (-13,8%) e Bahia (-10,9%). Nos demais locais as taxas oscilam entre os -8,4% de Minas Gerais e os -2,1% das regiões Norte e Centro-Oeste. Ainda contra abril, houve queda em quatorze dos dezoito setores pesquisados, e os maiores recuos vieram dos setores de papel e gráfica (-15,8%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-15,5%) e meios de transporte (-6,5%).

No acumulado no ano, há redução na folha de pagamento em quinze dos dezoito setores pesquisados. Na formação da taxa global de -7,0%, os maiores impactos negativos foram: papel e gráfica (-14,8%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-13,3%) e minerais não metálicos (-14,7%). Houve aumento apenas nos setores de coque, refino de petróleo e álcool (5,2%), alimentos e bebidas (2,2%) e calçados e couro (0,6%).

Quanto à folha média de pagamento da indústria, no acumulado no ano, houve perdas em todos os locais e setores. Regionalmente os decréscimos variaram entre os -2,5% do Rio Grande do Sul e os -10,8% do Paraná. Por setor, as maiores quedas foram: fumo (-17,2%) e indústrias extrativas (-14,9%).

O indicador acumulado nos últimos doze meses mostra, na passagem de março para abril, uma ligeira aceleração no ritmo de queda tanto do total da folha de pagamento, que passa de -3,4% para -3,9%, como na folha média (de -3,1% para -3,6%).

Na comparação com igual mês do ano passado, houve queda de 1,9%, também devido ao menor número de dias trabalhados em abril de 2003 em relação a abril de 2002. Nove dos quatorze locais pesquisados exibem redução nas horas pagas, com destaque para São Paulo (-3,6%), principalmente, pela queda da jornada registrada nos setores de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (-14,5%) e fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-15,6%). Já a expansão de 5,4% no Paraná deve-se ao aumento no número de horas trabalhadas na indústria de alimentos e bebidas (15,5%), e foi a maior contribuição positiva na formação da taxa global.

Por setores industriais, o número de horas pagas caiu em doze dos dezoito setores pesquisados. As principais pressões negativas foram dos setores fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-10,6%), máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (-7,6%) e minerais não-metálicos (-6,2%). As positivas vieram de alimentos e bebidas (1,0%), refino de petróleo e produção de álcool (10,3%) e máquinas e equipamentos - exclusive eletro-eletrônicos e de comunicações (2,9%).

A queda de 0,4% no acumulado do ano de horas pagas reflete recuos em oito locais e dez setores pesquisados. As indústrias do Sudeste foram as que mais pressionaram o resultado global, ao caírem 1,8% nos quatro primeiros meses do ano, devido, principalmente, à queda em São Paulo (-1,5%). A principal influência positiva vem das indústrias do Sul (2,3%), com destaque para o Paraná (5,6%). As quedas setoriais que mais influenciam foram nos segmentos fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-9,8%) e máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (-5,4%), enquanto os aumentos mais significativos são observados nos setores de alimentos e bebidas (3,3%) e de máquinas e equipamentos - exclusive elétricos, eletrônicos e de comunicações (4,9%).

Na média móvel trimestral da jornada de trabalho, o trimestre encerrado em abril, com retração de 0,8%, confirma a tendência de queda iniciada em novembro de 2002 (-0,2%).

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