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Emergentes têm de se ajustar a novo cenário mundial, diz FMI

Os Estados Unidos são a principal fonte de risco para a economia global neste momento, destacou o economista-chefe do FMI nesta terça-feira

Diretora-geral do FMI, Christine Lagarde: na semana passada, Lagarde já havia mencionado em discurso a nova transição que passa neste momento a economia global (Jonathan Ernst/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 15h37.

Washington - Os países emergentes terão de se ajustar a um cenário de menor crescimento e de mudança nas condições financeiras globais num momento em que a economia mundial passa por nova transição, afirmou o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard.

Os Estados Unidos são a principal fonte de risco para a economia global neste momento, destacou em entrevista nesta terça-feira, 8. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem que lidar com problemas de comunicação que são "novos e delicados" e devem afetar os mercados, na medida em que a política monetária dos EUA mudar.

Sobre a paralisação do governo, Blanchard ressaltou que ela não deve ter maiores efeitos negativos na economia se durar pouco tempo. Mas o fracasso em elevar o teto da dívida pode levar a grandes turbulências no mercado financeiro global e até colocar a economia mundial em recessão.

"O fracasso prolongado pode levar a uma consolidação fiscal extrema nos EUA e seguramente afetar a recuperação da economia norte-americana", disse aos jornalistas. Blanchard frisou que o FMI vê como baixa a probabilidade de um fracasso em elevar o teto da dívida, mas que se isso ocorrer, as consequências serão graves.

No caso da Europa, o economista frisou que a região, finalmente, mostra sinais de recuperação. "A retomada, porém, não se deve a nenhuma grande mudança na política econômica, mas em parte a uma mudança no humor (dos agentes)", disse Blanchard.

Na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, já havia mencionado em um discurso a nova transição que passa neste momento a economia global, com os países desenvolvidos ganhando força lentamente e os emergentes perdendo impulso.

Hoje, Blanchard voltou a tocar no tema, destacando que a desaceleração dos emergentes tem sido maior que a esperada pelo FMI.

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Os Estados Unidos são a principal fonte de risco para a economia global neste momento, destacou em entrevista nesta terça-feira, 8. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem que lidar com problemas de comunicação que são "novos e delicados" e devem afetar os mercados, na medida em que a política monetária dos EUA mudar.

Sobre a paralisação do governo, Blanchard ressaltou que ela não deve ter maiores efeitos negativos na economia se durar pouco tempo. Mas o fracasso em elevar o teto da dívida pode levar a grandes turbulências no mercado financeiro global e até colocar a economia mundial em recessão.

"O fracasso prolongado pode levar a uma consolidação fiscal extrema nos EUA e seguramente afetar a recuperação da economia norte-americana", disse aos jornalistas. Blanchard frisou que o FMI vê como baixa a probabilidade de um fracasso em elevar o teto da dívida, mas que se isso ocorrer, as consequências serão graves.

No caso da Europa, o economista frisou que a região, finalmente, mostra sinais de recuperação. "A retomada, porém, não se deve a nenhuma grande mudança na política econômica, mas em parte a uma mudança no humor (dos agentes)", disse Blanchard.

Na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, já havia mencionado em um discurso a nova transição que passa neste momento a economia global, com os países desenvolvidos ganhando força lentamente e os emergentes perdendo impulso.

Hoje, Blanchard voltou a tocar no tema, destacando que a desaceleração dos emergentes tem sido maior que a esperada pelo FMI.

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